Notícia sobre a cura de Lula é mais um embuste jornalístico endossado pela imprensa amestrada

Drible vermelho – Antes de ingressar legalmente na carreira, o médico assume o compromisso de pautar a carreira pela ética. O mesmo faz o jornalista, que de igual modo se compromete a ter a ética como norte profissional. Contudo, em relação à doença que afetou o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, médicos e jornalistas têm deixado a ética à beira do caminho ou jamais procuraram saber o significado de uma palavra que caiu em desuso no Brasil.

Na noite de quarta-feira (31), vários veículos de comunicação informaram que Lula passou por exames na manhã de ontem e que os resultados apontam a total remissão do câncer na laringe do ex-metalúrgico. Na noite anterior, terça-feira (30), o editor do ucho.info esteve com médicos do Hospital Sírio-Libanês que, sob a condição do anonimato, disseram que a situação de Lula não é das melhores. O que explique a estranha coloração da sua tez e a manifesta papada sob o queixo. Tal declaração confirma o prognóstico dado a este site sobre o câncer de Lula, que de acordo com o médico entrevistado só uma cirurgia resolveria.

A informação divulgada pelo Instituto Lula é dúbia, pois afirma que apesar dos resultados o ex-presidente terá de se submeter a exames periódicos nos próximos cinco anos. Na verdade, os exames mostram que não houve nenhuma manifestação tumoral na área atingida, o que não significa que o petista esteja curado, até porque uma recidiva pode acontecer a qualquer momento, pelo menos nos primeiros cinco anos após a alta médica.

A notícia é tão estranha, que até mesmo os médicos que tratam de Lula não emitiram qualquer boletim, o que é quase uma regra quando o paciente é uma autoridade ou celebridade.

Ética jornalística

Quando a Justiça Federal de São Paulo autorizou o exercício do jornalismo sem a necessidade do diploma universitário, decisão ratificada pelo Supremo Tribunal Federal, os pelegos dos sindicatos passaram a intimidar o editor do ucho.info, sob a alegação de que o fato de não cursar a faculdade impede que o profissional conheça o que é ética. Na verdade, nenhuma faculdade ensinará ao aluno noções de ética, algo que se aprende em casa e no seio da família.

Fazer jornalismo independe do diploma universitário, pois, de acordo com a Constituição Federal, é livre a manifestação do pensamento desde que vedado o anonimato. O que não invalida a importância de um curso de jornalismo.

Esses jornalistas que concordam em mascarar uma notícia, apenas porque o PT não sobrevive sem a figura do ex-presidente Lula, têm diplomas e frequentaram as aulas de ética, mas são vergonhosa e escandalosamente aéticos.