Alça de mira – Um relatório do setor de inteligência da Polícia Federal revelou um audacioso plano elaborado por dezessete traficantes, presos no presídio federal de Campo Grande, para executar o deputado federal Fernando Francischini (PEN-PR), que apresentou um projeto de lei (592/11) que endurece a prisão de chefes do crime organizado.
Entre os integrantes do grupo de traficantes, sete presos são do Rio de Janeiro: Marcelo Cavalcanti, o Marcelo PQD, do Terceiro Comando; Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que comandou o assassinato de Tim Lopes; Marcelo Fonseca de Souza, o Marcelo Xará; Doca e Alexander de Jesus Carlos, o Choque, do Comando Vermelho.
Entre as regras que constam no PL está a restrição de contato do preso com advogados e familiares, que deverá ser feita somente por meio de cabines blindadas. Todas as conversas dos encontros poderão ser liberadas mediante autorização judicial. Os banhos de sol seriam isolados e a pena, cumprida em celas individuais.
O relatório da PF, finalizado em julho, foi elaborado a partir de escutas ambientais realizadas no pátio de convivência dos integrantes da ala esquerda da ‘Vivência Charlie’ da penitenciária de segurança máxima. O mesmo documento destaca que os traficantes estariam cogitando “parar o Rio” com atos criminosos. A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio, por sua vez, alegou que não comenta assuntos de inteligência.
Nas redes sociais, Fernando Francischini, que é delegado federal licenciado, informou que requisitou segurança ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e ao ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, em função das ameaças e do plano elaborado pelos traficantes.