Se o governo de SP recebeu relatório da Polícia Federal, Alckmin deve ser responsabilizado pela insegurança

Estica e puxa – Há pelo menos três meses, mais precisamente em agosto, o governo paulista recebeu um relatório da Polícia Federal que destacava o plano de líderes da facção criminosa que dominas os presídios paulistas de iniciar uma onda de ataques contra policiais. Sobram controvérsias, idas e vindas, acerca do tal documento, mas não é novidade para o governo de São Paulo que mesmo presos os lideres da tal facção criminosa continuam dando ordens a partir dos presídios.

Se o relatório de fato chegou às mãos das autoridades paulistas, o governador Geraldo Alckmin e o secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, devem ser responsabilizados pela matança que vem dominando a cidade nas últimas semanas e jê tirou a vida de pelo menos 151 pessoas. Trata-se de um índice elevado e absurdo de homicídios, que não são resolvidos com as estatísticas que Alckmin e seus estafetas destilam nos órgãos de imprensa.

É preciso que o serviço de inteligência da polícia paulista seja mais célere e preciso, pois os criminosos estão cada vez mais ousados e organizados. Muito se fala em sufocar financeiramente as facções criminosas que agem em São Paulo, mas basta acabar coma corrupção que impera nos presídios. Em tese o entrada de um telefone celular em qualquer presídio é proibida, mas a dificuldade sempre serviu para criar a facilidade. E com um punhado de dinheiro o preso consegue um celular para fazer o que bem entender a partir da prisão.

O editor do ucho.info ministrou aulas durante dois anos no extinto presídio feminino do Tatuapé, na zona leste da cidade de São Paulo, onde havia aproximadamente seiscentas presas. À época, existiam naquele presídio pelo menos cem aparelhos celulares, com o consentimento das autoridades.

A polícia paulista até pouco tempo alegava que a partir das ligações dos presos era possível interceptar criminosos em liberdade e prontos para ações delitivas, mas isso se tornou folclore de que quem tem preguiça de investigar. O governador Geraldo Alckmin precisa acionar urgentemente as operadoras de telefonia celular para que bloqueiem o sinal nas unidades prisionais. Só assim a facção criminosa começará a definhar lenta e continuamente. Fora isso, a conversa entre presos e advogados devem ser monitoradas, apesar dos protestos da Ordem dos Advogados do Brasil. Afinal, muitos advogados funcionam como pombos-correio, levando mensagens e ordens para os presos que estão em liberdade e prontos para agir.