Ouvidos tapados – Os brasileiros que se preparem, pois a mensagem de final de ano da presidente Dilma Rousseff será recheada de inverdades e servirá para blindar o enrolado Lula, acusado de ser o chefe maior do Mensalão do PT.
Na mensagem que deve ir ao ar nos próximos dias, Dilma falará sobre as conquistas dos dois primeiros anos do seu governo, como se o Brasil atravessasse um céu de brigadeiro. Usando as pílulas de ufanismo deixadas no Palácio do Planalto pelo antecessor, a presidente dirá que seu governo construiu os alicerces para o crescimento, o que é uma sonora inverdade, pois sobram no País provas que apontam para a incompetência administrativa do PT, que se especializou em corrupção.
Na tentativa de salvar o ex-presidente do turbilhão de denúncias, Dilma já fala que a oposição tenta desconstruir a imagem de Lula para atrapalhar o seu plano de reeleição. É importante esclarecer que pelo número de escândalos que ocorreram na última década, a maioria ainda por vir à tona, Lula não precisa de ajuda de quem quer que seja para destruir a própria imagem.
A difícil situação de Lula, irreversível para muitos, já aparece no cancelamento de inúmeras palestras que seriam proferidas pelo ex-presidente, que circula pelo planeta na condição de derradeira salvação dos reles mortais. Somente nos últimos dias, seis palestras foram canceladas por grandes empresas. Três aconteceriam no Brasil, duas em Portugal e uma em Moçambique.
Enquanto Lula chafurda na lama da corrupção, o PT tenta virar o jogo com a criação de uma CPI para investigar as privatizações realizadas durante a era de Fernando Henrique Cardoso. Se o petista sabia de algo errado e nada fez tão logo assumiu o governo, por certo prevaricou. Ressuscitar o caso apenas como moeda de troca é prova de oportunismo criminoso e incompetência declarada.
Caso a ideia seja levada adiante pela tropa de choque petista, o que seria um suicídio político, a CPI pode, em algum momento, arrastar para o olho do furacão o gênio do milagre da multiplicação, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, cuja empresa de jogos eletrônicos recebeu aporte milionária de uma empresa de telefonia, concessionária de serviços públicos.
Ademais, avançar no tema pode complicar a turma do Mensalão do PT, pois o caixa do escândalo foi alimentado por um conhecido banqueiro oportunista, cujo nome a Justiça do Rio de Janeiro, em decisão arbitrária, nos proíbe de citar há anos, sob pena de multa diária. Tomara que a ideia petista de criar essa CPI prospere!