Sai pra lá – No acordo selado com o PMDB, há alguns meses, para a composição da mesa diretora da Câmara dos Deputados na próxima legislatura, que começa no dia 4 de fevereiro de 2013, o PT ficou com o direito de indicar o 1º vice-presidente.
Secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores, o deputado federal André Vargas, do Paraná, é o indicado pela legenda para assumir o cargo. Perguntado se a escolha do seu nome para a vice-presidência da Câmara deve ser atribuída a José Dirceu, Vargas, em rápida entrevista ao jornalista Cláudio Sequeira, do blog Brasil Confidencial (IstoÉ), rechaçou a possibilidade.
Incomodado com a pergunta do jornalista, André Vargas respondeu de forma incisiva e clara: “Minha vitória se deve à correlação de forças da bancada. Não sou amigo do Zé Dirceu, nunca tivemos uma reunião privada e ele nem sequer me recebeu quando era ministro. O que faço na política não depende dele”.
Que José Dirceu, condenado à prisão em regime fechado na Ação Penal 470, continua sendo o coronel do PT todos sabem, mas ninguém dentro do partido quer ressuscitar, pelo menos por enquanto, o escândalo do mensalão, que só será retomado no retorno do Judiciário. Até lá, os petistas preferem esquecer o assunto, que de alguma maneira pode produzir estragos no Congresso se for relembrado com insistência.
Na mesma toada de André Vargas, na manhã desta quinta-feira (27) a presidente Dilma Rousseff disse aos jornalistas que não fala sobre o maior escândalo de corrupção da história nacional, o Mensalão do PT. Muito antes do julgamento da Ação Penal 470 chegar ao seu final, Dilma já havia proibido qualquer assessor mais próximo de falar sobre o tema.
Mesmo com tal declaração, Dilma não precisa externar o que pensa sobre o escândalo e a conclusão do processo judicial, pois a forma simpática (sic) como ela recebe o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, fala por si só.