Sol quadrado – Com milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas no distrito de Xerém, além de pessoas mortas e desaparecidas, o município de Duque de Caxias, na Baixa da Fluminense, espera desde 2009 o repasse de verbas federais para obras de combate a desastres naturais. Ou seja, desde o governo do messiânico e fanfarrão Lula que o dinheiro não chega ao município que nos últimos dias foi destruído pelas fortes pelas chuvas.
Como não tem competência para cobrar aquilo que o Estado tem direito, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) recebeu em palácio, dias atrás, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que deveria ter solucionado o problema antes da tragédia, mas desembarcou na Cidade Maravilhosa com um punhado de desculpas absurdas debaixo do braço.
Em 15 de dezembro de 2009, o então presidente Luiz Inácio da Silva editou a Medida Provisória 473, que abriu crédito extraordinário de R$ 400 milhões para o Ministério da Integração Nacional socorrer municípios em estado de calamidade. A MP foi convertida em lei em maio de 2010. O programa “Apoio a obras preventivas de desastres” recebeu crédito extraordinário de R$ 100 milhões. A rubrica “Socorro e assistência às pessoas atingidas por desastres” ficou com R$ 60 milhões. Outros R$ 240 milhões foram destinados ao programa “Restabelecimento da normalidade no cenário de desastres”.
Como o dinheiro não chegou ao seu destino e as tragédias têm se repetido à sombra da inoperância do Estado, como um todo, cabe a cada um dos prejudicados em Duque de Caxias ingressar na Justiça contra os governos federal e do Rio de Janeiro, pois essa monumental irresponsabilidade não pode ficar sem punição.
Fosse o Brasil um país sério e governado por pessoas responsáveis, Sérgio Cabral, Lula, Dilma Rousseff e Fernando Bezerra já estariam presos e com os bens indisponíveis para garantir indenização aos prejudicados pela má governança.