Pente fino – O PPS solicitará ainda nesta semana, ao Ministério Público Federal de São Paulo, a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República no estado e que se apresentava, sem constrangimento algum, como namorada do então presidente Luiz Inácio da Silva.
O partido também protocolou, na manhã desta segunda-feira (7), requerimento pedindo que a Comissão Representativa do Congresso Nacional cobre informações do Ministério da Fazenda sobre o relacionamento de Rosemary nas negociações que definiram o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários, a Previ, e a compra do banco Nossa Caixa pela instituição.
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), destacou a necessidade da quebra dos sigilos de Rosemary. Para o parlamentar, as informações serão úteis para esclarecer a profundidade do esquema montado pela ex-chefe da Presidência em SP. “Ela gozava da intimidade do ex-presidente Lula para fechar negócios escusos. A quebra dos sigilos desta senhora é fundamental para esclarecer toda essa sujeira. Inclusive para saber se houve envolvimento, ou não, do ex-presidente da República nessa história”, disse.
A representação será entregue pelo parlamentar, nesta quarta-feira (09), na sede do MPF na capital paulista.
Comissão Representativa
Paralelamente ao pedido do Ministério Público, o PPS também solicitou, na manhã de hoje, a convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional para cobrar explicações do Ministério da Fazenda sobre o envolvimento de Rosemary com o Banco do Brasil. Segundo reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja, Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, teria influenciado nomeações no Banco do Brasil e no fundo de previdência dos funcionários da instituição financeira, assim como a compra do banco Nossa Caixa pela instituição.