Caminho inverso – A produção industrial brasileira fechou 2012 com queda de 2,7%. Em 2011, a indústria havia tido um aumento de 0,4% na produção. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil (PIM-PF), divulgada nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É o primeiro resultado negativo desde 2009, quando a indústria ainda sofria os efeitos da crise financeira mundial, a tal da “marolinha” inventada de forma galhofeira por Lula, e teve uma queda de 7,4%.
A maior retração em 2012 foi observada na categoria de bens de capital (máquinas e equipamentos usados pela própria indústria), que teve queda de 11,8%. Os bens intermediários (indústrias que fabricam matéria-prima para outras indústrias) caíram 1,7%. Já os bens de consumo duráveis (bens voltados para o consumidor final que têm grande duração, como veículos) caíram 3,4% e os semi e não duráveis (bens voltados ao consumidor de pequena duração, como alimentos), 0,3%.
Dezessete das 27 atividades industriais pesquisadas tiveram queda, com destaque para veículos automotores (-13,5%), material elétrico e equipamentos de comunicação (-13,5%) e máquinas e equipamentos (-3,6%).
Dez setores registraram avanço e evitaram queda maior da produção industrial brasileira, em especial o refino de petróleo e álcool (4,1%), produtos químicos (3,4%) e equipamentos de transporte como aviões (8,5%).
Considerando-se apenas o mês de dezembro de 2012, a produção industrial ficou estável na comparação com novembro. Em relação a dezembro de 2011, foi observada uma queda de 3,6%.
Esses números alarmantes mostram a ineficácia de um governo incompetente e paralisado, que adota medidas pontuais para tentar reverter uma crise que é interna, mas não alcança êxito porque a ação sempre chega depois do estrago, quando na verdade deveria ser preventiva. Isso ocorre porque no governo não há um integrante sequer que saiba o mais raso significado da palavra planejamento.
Não será com a redução da tarifa de energia elétrica, majorada vergonhosamente antes do plano ufanista do Palácio do Planalto, e que vem acompanhada com a alta de preço dos combustíveis que o governo conseguirá enfrentar uma crise, que só existe porque os palacianos se recusam a promover as mudanças necessárias e a investir em setores importantes, como o da infraestrutura.
O PT já conseguiu evaporar a última década, mas não contente com o estrago a presidente Dilma Rousseff, a “gerentona”, dará continuidade ao processo de desmonte da economia nacional, enquanto um punhado de alarifes e saltimbancos enchem a burra à sombra do calvário popular. Esse modelo obtuso e matreiro, que privilegia apaniguados e os donos do poder, precisa ser extirpado com celeridade do cotidiano brasileiro, sob pena de o País precisar ser reinventado. (Com informações da Agência Brasil)