Sirene acionada – A grave situação econômica brasileira e a preocupação do mercado financeiro em relação ao tem ficaram evidentes no fechamento do câmbio nesta sexta-feira (8). O dólar encerrou o dia valendo R$ 1,95 no mercado à vista, queda de 0,56% e menor valor desde 10 de maio de 2012.
Contrariando o movimento do mercado internacional, o câmbio no Brasil foi pela mão inversa porque a inflação de fevereiro chegou próximo do teto estimado pelos analistas, o que significa que há um temor quase generalizado de que os preços podem disparar. No acumulado dos últimos doze meses, a inflação ficou alcançou a marca de 6,31%, também muito perto do teto da meta fixada pelo governo (6,5%).
Esse cenário de incertezas econômicas e a incapacidade do governo do PT de fazer as mudanças necessárias e de investir em infraestrutura fazem com que a economia permaneça sobre o fio da navalha, gerando temores e espantando investidores internacionais. O atual momento é extremamente perigoso, mesmo com as reservas cambiais brasileiras estando acima de US$ 400 bilhões, porque qualquer movimento errado pode colocar a economia verde-loura na beirada do precipício.
Enquanto os palacianos insistem em reverter a crise com o consumo interno, o governo arrecada cada vez mais impostos, o endividamento das famílias é recorde,a inadimplência é preocupante, a inflação está em alta, o crédito está mais caro, a população ganha pouco e os preços de produtos e serviços estão avançando.
Para piorar o quadro, a desvalorização do dólar diante do real prejudica a indústria brasileira, que enfrenta dificuldades para vender no mercado interno por causa da concorrência dos produtos importados e fica sem competitividade para exportar. Como disse o messiânico Luiz Inácio da Silva, um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.