Invasão estrangeira – A participação das exportações na produção total da indústria brasileira iniciou o ano de 2013 em 18,2%, perdendo o ritmo de crescimento interanual observado no primeiro trimestre dos últimos três anos. Ao mesmo tempo, a presença de importados no consumo doméstico atingiu 24,1% no mesmo período. Um recorde na série histórica iniciada em 2003.
Os dados são resultados da análise dos Coeficientes de Exportação e Importação (CEI) da Fiesp, divulgada, nesta quarta-feira (15/05), pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da entidade que representa a indústria paulista.
Na comparação entre trimestres, o Coeficiente de Exportação (CE) apresentou queda de 2,2 pontos percentuais, passando de 20,4% entre outubro e dezembro de 2012, para 18,2% entre janeiro e março de 2013. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o CE registra queda de 0,8 ponto percentual.
Para o Diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da entidade, Roberto Giannetti, a queda de parcela exportada é consequência da perda de competitividade do manufaturado brasileiro no mercado mundial. “E isso não se deve apenas a questões estruturais de carga tributária e infraestrutura, mas também da política cambial pouco ativa, que mantém o real apreciado frente ao dólar”, explica.
Embora a participação de produtos internacionais no mercado brasileiro nos três primeiros meses do ano tenha registrado estabilidade frente ao trimestre anterior, o quantum importado apontou aumento de 9,1% em relação ao mesmo período de 2012. Nesta mesma comparação, as exportações caíram 4,9%.