Tiro no pé – Consultados semanalmente pelo Banco Central, economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no Brasil reduziram, mais uma vez, as expectativas em relação ao crescimento do PIB para 2013, que passou de 2,77% para 2,53%. No início de maio, a aposta dos analistas era de que a economia brasileira cresceria 3% neste ano.
Para 2014, a estimativa dos economistas para o crescimento do PIB passou de 3,40% para 3,20%, ou seja, ainda mais distante da previsão feita no início do mês anterior, de expansão econômica na casa dos 3,50%.
As projeções acerca do crescimento econômico entraram em fase de derretimento, apesar da previsão positiva para a produção industrial neste ano. De acordo com pesquisa do BC, a expansão do setor industrial passou de 2,50% para 2,53%. Com a mudança, o índice recua para o nível registrado há um mês. Contudo, para 2014 a projeção de crescimento do PIB se manteve em 3,00%, repetindo a aposta da semana anterior, contra 3,55% há um mês.
Para complicar ainda mais o cenário, a inflação parece ter fôlego extra. É o que se conclui a partir da previsão dos economistas, que pela segunda vez seguida elevaram a aposta para a taxa básica de juro, a Selic, que deve chegar a 8,75% até o final do ano.
Essa conjunção de números e previsões confirma que é equivocada e política econômica adotada pelo governo da presidente Dilma Rousseff, que na seara das pesquisas de opinião começa a colher os frutos de uma semeadura irresponsável, focada, como sempre, em medidas pontuais inócuas e atrasadas. Enquanto os palacianos insistirem em apenas combater a inflação, sem erradicar o processo inflacionário, o Brasil no máximo andará de lado.