Jogo da seleção brasileira leva ao fechamento antecipado de gabinetes na Câmara dos Deputados

Virou baderna – O Brasil sangra em meio à crise política que surgiu no rastro da incompetência do governo de Dilma Rousseff, mas a classe política não está tão preocupada com a situação como insinuou após os ruídos protestos que tomaram as ruas do País.

Como se as urgências que dormitam no Legislativo pudessem continuar na fila de espera, muitos deputados federais não se fizeram de rogados e embarcaram no ócio patrocinado pela seleção brasileira, que nesta quarta-feira (26) enfrenta o Uruguai em partida válida pela Copa das Confederações.

Com o objetivo de confirmar a falta de respeito dos políticos com a população, ao meio-dia desta quarta-feira o ucho.info telefonou para alguns gabinetes da Câmara dos Deputados. Como esperado, a maioria já não funcionava. Um servidor informou, sob a condição do anonimato, que todos os assessores foram dispensados no horário do almoço, sem a necessidade de retorno por causa do jogo da seleção.

O Congresso Nacional consome anualmente a pequena fortuna de R$ 8 bilhões do suado dinheiro dos cidadãos, mas o Brasil continua em segundo plano na agenda dos políticos, que dizem defender os interesses do povo. Cada parlamentar custa, por mês, R$ 130 mil aos contribuintes, mas os políticos já deram mostras que podem funcionar sob pressão.

Sem se preocupar coma gastança, a Câmara dos Deputados manteve a transmissão das atividades em plenário, que às 15 horas recebia menos de uma dúzia de parlamentares, os quais se revezavam para enganar a opinião pública e dar a sensação de que a Casa legislativa funcionava a pleno vapor.

A logo de toda a história política nacional, jamais o Parlamento viveu um período tão degradante, patrocinado por políticos despreparados e desprovidos até da mais rasa capacidade intelectual. Os poucos que se sobressaem, em curto espaço de tempo se transformam em aves de rapina com mandato.

Se abandonasse as responsabilidades laborais por causa da seleção brasileira, um trabalhador da iniciativa privada seria premiado com o justo e necessário cartão vermelho.