Muito estranho – Chega a ser nauseante o oportunismo que se esparrama cada vez mais no mundo da política. Depois que centenas de milhares de brasileiros foram às ruas para protestar, os políticos acordaram e resolveram arregaçar as mangas, ou pelo menos fingiram. Alguns reforçaram o estoque de promessas como se a memória do eleitor não funcionasse, enquanto outros partiram para a ação.
Um dos que resolveram agir no vácuo das roucas vozes das ruas foi Geraldo Alckmin (PSDB), governador do mais importante e rico estado brasileiro, São Paulo. Depois de cancelar o aumento das tarifas de transporte público, Alckmin sinalizou com alguns cortes de despesas, entre eles a venda do helicóptero do governo estadual, o que na opinião do ucho.info foi um ato precipitado e oportunista, pois pela importância de São Paulo no cenário nacional um aeronave de uso exclusivo não faz diferença.
O que chega a ser incompreensível é o anúncio feito por Geraldo Alckmin de reduzir drasticamente o número de secretarias. Ora, se o governo consegue funcionar com quantidade menor de secretarias, Alckmin deveria ter iniciado seu atual mandato dessa forma.
Política é negócio e todos querem defender o seu quinhão. Eleger-se no Brasil depende de dinheiro à vista e cargos para distribuir aos aliados e apoiadores. Quem paga a conta de um estado paquidérmico e caro sempre é o incauto cidadão, que por preguiça e falta de brio prefere ignorar os fatos da política. Enquanto esse comportamento da sociedade prevalecer, o Brasil continuará nessa pasmaceira que permite aos políticos um sem fim de desmandos.