Baderna institucionalizada – A Vivo, maior operadora brasileira de telefonia e outros penduricalhos tecnológicos, tornou-se um caso de polícia. E a solução não parece tão próxima, porque à frente do Ministério das Comunicações está Paulo Bernardo da Silva, que indicou um dos seus estafetas, o também petista João Batista de Rezende, para a presidência da Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, órgão regulador do setor que, dependendo do momento e do interesse, finge-se de morto.
Na cidade de São Paulo, milhares de assinantes da Vivo Fibra TV – que quando oferecida aos clientes foi rotulada como a revolução tecnológica – enfrentaram no final de semana um apagão televisivo. Isso porque a plataforma de TV da Vivo entrou em colapso, sem que os operadores das centrais de atendimento tivessem o menor bom senso ao tratar os prejudicados que reclamaram com razão.
Quem quis acompanhar pela televisão um programa favorito foi obrigado a escolher entre ir ao boteco da esquina ou chegar de surpresa à casa de um parente. Para uma companhia que anuncia produtos e serviços mirabolantes, a Vivo está se mostrando como uma dessas incompetentes e duvidosas empresas de fundo de quintal.
No último sábado (3), quem telefonou para o número 10615 com a intenção de reclamar se deu mal. A informação dada pelos atendentes é que a plataforma de TV pifara, sem previsão para voltar a funcionar. Simples assim, como se a Vivo oferecesse gratuitamente o serviço de televisão por assinatura.
Na central de atendimento a performance dos operadores é idêntica à da companhia. Ou seja, pífia. O deboche começa logo no menu eletrônico com que se depara o cliente insatisfeito. A melhor orientação de um dos atendentes foi que o assinante deve ficar mudo diante das opções oferecidas pela máquina, porque qualquer palavra balbuciada transfere a ligação para o departamento errado. Ou seja, a Vivo torrou um bom dinheiro para produzir um produzir um menu eletrônico que é alvo das sandices dos operadores da central de atendimento.
Fossem poucas as insensatas respostas dos operadores, uma atendente perguntou detalhes da instalação da Vivo no poste localizado na rua. Uma brincadeira de péssimo gosto por parte de quem é contratada para receber as reclamações dos assinantes e buscar uma solução.
Depois de muita insistência por parte da redação do ucho.info, a declaração mais surpreendente, que em qualquer empresa séria provocaria demissão por justa causa, partiu de um supervisor. Possivelmente cansado por causa de um enxurrada de problemas em tão poucas horas, o supervisor afirmou que engana-se quem contrata um serviço da Vivo na esperança de que o mesmo seja perfeito.
Depois de tão precisa afirmação, o máximo que se pode fazer é reconhecer que o nome Vivo não é por acaso.