Sem saída – Após a alta registrada na última sexta-feira (30), o dólar à vista fechou em queda de 0,34%, cotado a R$ 2,3750. Esse movimento de baixa resultou de atuações do Banco Central, que vem cumprindo a promessa de realizar leiloes de swap cambial e de dólares à vista, e de fatores externos, como os resultados da economia na China e na Europa e a incerteza sobre quando acontecerá o ataque militar à Síria. Ou seja, a economia verde-loura em nada contribuiu para o recuo do dólar.
Para comprovar que o Brasil vive uma preocupante crise econômica, a balança comercial em agosto registrou um superávit de US$ 1,2 bilhão, o pior resultado em doze anos. Na comparação com agosto de 2012 (US$ 3,2 bilhões), a queda no superávit do mês foi de 62%.
No acumulado do ano (janeiro a agosto), a balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 3,76 bilhões, maior resultado negativo para o período desde 1995 (-US$ 4,12 bilhões).
De janeiro a agosto deste ano, as exportações somaram US$ 156,65 bilhões, com média diária de US$ 932 milhões e queda de 3% na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as importações somaram US$ 160,41 bilhões – com média de US$ 954 milhões por dia útil, com alta de 5,7% sobre igual período de 2012.
Isso mostra que o Brasil importou mais do que exportou, apesar da alta do dólar no mês de agosto. Ou seja, o quadro atual da economia não permite que os exportadores se beneficiem da desvalorização do real. Como sempre acontece, o governo creditou a culpa à chamada conta petróleo, uma vez que o País está importando combustível para dar conta da demanda do produto em decorrência do absurdo aumento da frota de veículo nos últimos anos.
Sendo assim, o governo da petista Dilma Rousseff não terá alternativa e será obrigado a aumentar o preço da gasolina, sob pena de não o fazendo levar a Petrobras a prejuízos ainda maiores.