Primeira autorização – A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (4), resolução para intervenção militar na Síria. Aprovado por dez votos a sete, o projeto autoriza o presidente Barack Obama a promover uma ação militar limitada contra o regime do ditador Bashar al-Assad, sem o uso de tropas em território sírio e com limite máximo de noventa dias.
A resolução, que deverá ser votada no plenário do Senado na próxima semana, após o fim do recesso parlamentar, modifica o texto da proposta enviada por Obama no último sábado (31), depois que a Casa Branca deixou evidente a disposição para uma intervenção como resposta ao uso de armas químicas pelo presidente sírio contra adversários.
O Senado norte-americano, além dos limites impostos, exigiu do presidente Barack Obama um plano para que busque uma “solução política” na Síria, após os ataques. Obama justifica que uma ação na Síria é necessária para impedir que armas químicas sejam usadas novamente contra os rebeldes. O governo de Washington garante ter provas irrefutáveis de que as tropas de Bashar al-Assad usaram gás sarin no ataque de 21 de agosto, quando morreram 1.429 pessoas.
A Câmara dos EUA realizou audiência pública na Comissão de Relações Exteriores com os secretários de Estado, John Kerry, de Defesa, Chuck Hagel, e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Martin Dempsey. Apesar dos depoimentos, democratas e republicanos continuam com dúvidas sobre a eficácia da ação proposta por Barack Obama, além da possibilidade de reação de Bashar al-Assad, já prometida pelo ditador.