Na contramão – Enquanto a infraestrutura brasileira escoa pelo ralo, provocando sérios danos à economia do País, o governo petista de Dilma Vana Rousseff, seguindo as ordens do lobista Lula, continua despejando dinheiro do contribuinte em Cuba, onde participa, entre outros empreendimentos, da construção de um porto nas proximidades de Havana. Essa inversão de prioridades vem sendo alvo de duras críticas por parte da oposição, que colocou na alça de mira o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que nesse caso específico é o responsável pela sangria dos cofres da União.
O investimento na Cuba dos sanguinários ditadores Fidel e Raúl Castro representa média anual de US$ 227,4 milhões, o que equivale a quinze vezes mais do que o governo brasileiro aplicou em terminais portuários nacionais em 2013. Ao todo, a gestão petista investiu US$ 682 milhões nos últimos três anos para construir o porto cubano de Mariel, que tem capacidade 30% superior ao do Porto de Suape, em Pernambuco, o maior do Nordeste.
O deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO) ressalta que o Brasil tem um dos maiores custos de produção do mundo. O tucano afirma que centenas de caminhões formam filas quilométricas nas entradas dos principais portos do país para conseguir escoar a produção rural.
“O Brasil, que carece de investimentos na área, prefere investir na infraestrutura de países parceiros do lulo-petismo, como a Bolívia, a Venezuela e nesse caso, Cuba. Enquanto isso, a nossa infraestrutura submete a produção brasileira a altos custos devido à sua deficiência”, critica o tucano.
De acordo com reportagem da revista “Veja”, apenas 7% dos US$ 218 milhões previstos para melhorias em terminais brasileiros em 2013 (US$ 15,5 milhões) foram aplicados. “É uma política completamente equivoca e que precisa ser rapidamente repensada. O governo precisa investir mais no Brasil e dar credibilidade para que o setor privado também possa investir”, alerta Valdivino.
O deputado federal Carlos Brandão (MA) destaca que o descaso com os portos nacionais impede que cargueiros de última geração, que exigem profundidades superiores a 14 metros, atraquem no Brasil. “Isso implica no cálculo de 20% a menos de riqueza gerada pelo nosso país; riqueza esta conquistada pela maior safra de soja da nossa história: 55 milhões de toneladas. Enquanto isso, Cuba vai inaugurar um porto, feito com investimento do BNDES, mantido sob sigilo pelo governo petista”, disse.
O presidente do PSDB-MG, deputado Marcus Pestana, afirmou que há um “equívoco duplo” na decisão de investir mais em Cuba do que na rede portuária nacional. “É um absurdo investir mais em Cuba do que no Brasil. Há um erro na política externa e no comércio exterior, além da questão de infraestrutura”, disse.
Pestana reiterou que existe um alinhamento ideológico do Brasil com governos onde predominam o populismo e o autoritarismo. O parlamentar acrescentou que “o Brasil só investe 18% do Produto Interno Bruto (PIB), deixando um passivo enorme, perdendo posições para países cujos governos fazem seu dever de casa. A presidente não faz seu dever de casa”.
As negociações para a construção do porto em Cuba começaram em 2008, durante a gestão de Lula, e intensificaram-se na gestão Dilma. O acordo é conduzindo pelo BNDES, que se comprometeu a financiar 71% do orçamento da construção do porto.