Greve no metrô de SP continua e jegues sugeridos por Lula devem entrar em ação na Copa

greve_metrosp_01Baderna estendida – Terminou há pouco, sem acordo, mais uma reunião de conciliação entre os grevistas e representantes da Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô. Depois de um dia recheado de acusações de ambos os lados, intervenções da Tropa de Choque da Polícia Militar, que garantiram a abertura de algumas estações, e a demissão de grevistas e a prisão de uma dúzia de baderneiros, o comprometimento das operações do principal meio de transporte da cidade de São Paulo continuará na terça-feira (10).

Os grevistas foram à reunião dispostos a encerrar a paralisação, desde que o Metrô cancelasse as demissões, o que de chofre foi descartado pelo governador Geraldo Alckmin. Postura firme e coerente do governador, que conta com o apoio maciço da opinião pública na forma de como lidar com os metroviários que insistem em manter uma greve política e que contempla os interesses eleitorais da esquerda verde-loura.

Os metroviários acreditaram nas promessas feitas nos bastidores por integrantes do desgoverno de Dilma Rousseff que interagem com os sindicatos de trabalhadores e os chamados movimentos sociais. Agora, diante da possibilidade de novas demissões, até porque o Judiciário considerou a greve ilegal e abusiva, os grevistas tentam minimizar o estrago provocado por uma paralisação absurda e que serviu como balão de ensaio para os petistas palacianos, que tentam reverter a vantagem dos tucanos no principal e mais rico estado da federação.

Reajuste salarial consegue-se por meio de diálogos e negociações, não com greves descabidas e de encomenda. Vitória política, contudo, só é possível por meios lícitos, não na esteira do jogo imundo e rasteiro que os petistas tentam impor em todo o País. A estratégia dos ocupantes do Palácio do Planalto, que tentam posar de indignados com a greve, é minimizar o fiasco da Copa por conta dos atrasos e dos muitos escândalos que emolduram o mundial de futebol.

Dilma Rousseff, a presidente, sabe que os dividendos da Copa do Mundo serão negativos e por isso acionou nos bastidores os baderneiros de plantão para instalar o caos em alguns estados, transferindo a responsabilidade aos adversários políticos.

Hora da verdade

No contraponto, mais precisamente na parte prática, muito tem se falado nas últimas horas sobre um “Plano B” para garantir aos torcedores transporte coletivo, até a Arena Corinthians, no dia de abertura da Copa, mas isso é apenas mais um factóide esculpido pelos palacianos em conjunto com o prefeito da cidade de São Paulo, o petista Fernando Haddad. O esquema que eventualmente será acionado na próxima quinta-feira (12) é o mesmo que vem funcionando nos últimos dias como forma de compensar o estrago produzido pela greve dos metroviários. Isso significa colocar em circulação 100% da frota de ônibus urbanos, o que vem ocorrendo desde o início da paralisação dos metroviários.

Acerca do anunciado “Plano B” para levar os torcedores até o Itaquerão, até o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, sabe que tudo não passa de mais uma invencionice de um governo incompetente, paralisado e sem comando.

Há dias, o presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero (é o atual presidente da Federação Paulista de Futebol) disse que a greve dos metroviários não atrapalharia a abertura da Copa, pois os torcedores poderiam usar automóveis para chegar ao palco do jogo de estreia da competição.

Dias antes, ao vociferar contra os críticos da Copa, o ex-presidente Lula disse ser uma “babaquice” cobrar metrô até a porta do estádio. Disse o malandro que os torcedores poderiam ir ao estádio montados em jegue.

Para que o leitor avalie a extensão do caos provocado pela operação parcial do metrô, às 18h43 a capital paulista registrava 647 de congestionamento. Sucateada pela administração de Fernando Haddad, a Companhia de Engenharia de Tráfego registrava no mesmo horário apenas 145 de trânsito lento na maior cidade brasileira. Em suma, até mesmo na medição dos congestionamentos os petistas precisam mentir. Enfim…

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