Ministério do Esporte terá de detalhar exigências da FIFA para realização da Copa do Mundo

mascote_copa_01Hora da verdade – A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados recebeu nesta terça-feira (1º) requerimento para que o Ministério do Esporte detalhe o “termo de exigências” firmado entre a FIFA e o governo brasileiro para a Copa, e as isenções e renúncias para a realização do mundial de futebol no Brasil. O documento foi protocolado pelo líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR).

De acordo com Bueno, o detalhamento das eventuais exigências e das isenções são necessárias pelo fato de a FIFA ter divulgado, em sua página da internet, dados confrontando as informações do governo brasileiro sobre a organização da Copa do Mundo.

“Na carta Setting the record straight – colocando os pingos nos ‘is’ –, a FIFA alega que em nenhum momento pediu isenção ou renúncia fiscal aos patrocinadores ou organizadores da Copa e que também não exigiu a construção de novos estádios como afirma o governo. Por isso estamos pedindo esclarecimentos do Ministério do Esporte para confrontar as informações divulgadas sobre o mundial de futebol”, justificou Bueno.

O líder do PPS quer saber, por exemplo, quais foram as exigências da FIFA em relação à renúncia ou isenção fiscal aos estádios; se a entidade pediu renúncia ou isenção fiscal às empresas envolvidas na construção dos estádios; por que o governo optou pela construção de novos estádios em vez de adequar os existentes às exigência da FIFA; se as obras de mobilidade transferidas para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foram beneficiadas por isenção e renúncia fiscal destinadas às obras da Copa; o custo efetivo para o Tesouro na organização e realização da Copa; a manifestação oficial do Ministério do Esporte sobre o teor da carta da FIFA “colando os pingos nos ‘is’”, dentre outras.

O Ministério do Esporte tem prazo constitucional de trinta dias, a partir do recebimento do pedido, para responder os questionamentos encaminhados por Bueno.

Esquema conhecido

Como já afirmou o ucho.info desde a confirmação de que o Brasil sediaria a Copa, em 30 de outubro de 2007, a decisão foi um equívoco da FIFA e uma enorme irresponsabilidade do governo do então presidente Luiz Inácio da Silva, agora um atuante lobista de empreiteiras.

Inicialmente, Lula sugeriu aos dirigentes da FIFA que a Copa poderia ser realizada em dezessete cidades-sede, mas a entidade futebolística bateu o pé e reduziu para doze o número de palcos da competição. Mesmo doze cidades-sede é um número absurdo, se considerarmos o fato de que o Brasil é um país de dimensões continentais e com condições meteorológicas antagônicas, o que vem comprometendo sobremaneira a qualidade das partidas.

A questão da renúncia fiscal foi a forma que o desgoverno petista encontrou para despejar mais dinheiro público na construção de estádios, alguns dos quais já têm o futuro questionado muito antes do encerramento do evento. Não se pode desconsiderar o fato de que dos doze estádios, nove receberam dinheiro público à sombra de orçamentos escandalosamente superfaturados.

Lula, na condição de lobista de empreiteiras, fez uma considerável farra, pois o projeto totalitarista de poder do Partido dos Trabalhadores exige muito dinheiro para avançar, pois é preciso comprar a consciência de alguns proxenetas da democracia. Por outro lado, não se pode esquecer que a FIFA não é uma reunião de bondosos monges tibetanos, que fazem voto de pobreza e outros quetais. Nessa lambança criminosa todos os envolvidos tiraram uma casquinha.

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