Tiroteio insano – Senador pelo PMDB paranaense, Roberto Requião deflagrou verdadeira guerra de extermínio contra a petista Gleisi Hoffmann (PT), com quem disputa o direito de ocupar o Palácio Iguaçu. Após os “gleisistas” divulgarem o escândalo dos cavalos e, principalmente, depois que o PT distribuiu na rede mundial de computadores um boletim de ocorrência em que a mulher de Requião, Maristela, teria registrado queixa de violência doméstica, o senador deixou de lado os intermediários e começou a atacar Gleisi pessoalmente.
Na primeira investida, Requião assegurou que Gleisi Hoffmann estava sem rumo na campanha porque havia perdido seu candidato a vice, o pedófilo Eduardo Gaievski, ex-assessor da senadora na Casa Civil e preso desde 2013 pela prática de 28 estupros, sendo mais de uma dezena contra vulneráveis (menores de quatorze anos).
Fora isso, o senador peemedebista acusa a adversária de também estar carregando o peso de André Vargas, seu coordenador de campanha e que enfrenta processo que pode resultar na cassação de seu mandato de deputado federal, na esteira do envolvimento com o doleiro Alberto Youssef em esquemas criminosos para lesar o Ministério da Saúde. Para completar, Requião também passou a desqualificar a ação de Gleisi durante o período em que esteve na chefia da Casa Civil do governo de Dilma Rousseff.
O PT do Paraná é historicamente pouco expressivo, carrega altos índices de rejeição e sempre foi aparelhado pelo próprio Requião. A candidatura de Gleisi Hoffmann deveria subverter essa escrita com uma candidatura própria e competitiva, na qual Requião participaria como coadjuvante, como forma de garantir a realização de segundo turno contra o tucano Beto Richa, atual governador do Paraná e que tem deixado muito a desejar na administração do estado.
De chofre, Roberto Requião simulou seguir esse roteiro até conseguir, com o auxílio do próprio PT, assegurar sua candidatura. Desde então, passou a bater pesado na candidatura de Gleisi que, de acordo com pesquisas disponíveis, vem despencando nos índices de intenção de voto.