Contagem regressiva – O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, anunciou nesta segunda-feira (18) que deixará em breve a Embaixada do Equador em Londres, onde se refugia há mais de dois anos. O australiano, porém, não explicou as razões de sua decisão e nem informou uma data concreta para a sua saída.
“Devo deixar a embaixada em breve. Mas talvez não pelas razões que a imprensa de Murdoch e da Sky News afirmam no momento”, disse Assange a jornalistas reunidos no local.
Pouco antes, o canal britânico, parte do conglomerado do magnata Rupert Murdoch, havia anunciado que o fundador do WikiLeaks cogitava deixar a embaixada devido a problemas de saúde.
Questionado sobre seu estado de saúde, Assange disse que qualquer pessoa seria afetada se passasse dois anos dentro de um prédio sem área externa ou luz do sol direta. A se de embaixada é um pequeno apartamento de andar térreo nas proximidades da loja de departamentos Harrods.
Em 2012, depois de fazer uma série de revelações sigilosas sobre o governo americano, o australiano se viu obrigado a procurar asilo para escapar de uma extradição para a Suécia, onde é acusado de estupro. O Equador decidiu conceder asilo a Assange, mas a polícia britânica diz que, se ele deixar embaixada, vai detê-lo.
Durante a coletiva de imprensa, estava presente também o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patino, que conclamou os governos envolvidos no caso a tomarem providências.
“A situação precisa terminar – dois anos é tempo demais”, disse ele. “Nós continuamos a oferecer nossa proteção a ele. Continuamos dispostos a negociar com os governos britânico e sueco para encontrarmos uma solução para essa séria violação dos direitos humanos”. (Com agências internacionais)