Face lenhosa – Desde março passado, Dilma Rousseff, presidente e candidata do PT à reeleição, fizeram de tudo para que o escândalo de corrupção que funcionava na Petrobras não fosse descoberto. Enquanto dizia aos brasileiros que de nada sabia e que a Polícia Federal investigava o caso – não por sua ordem, é importante que fique claro –, Dilma acionou sua tropa de choque no Senado Federal para evitar o pior: a criação de CPIs que vasculhariam as entranhas da petroleira. Trabalharam contra os interesses do povo brasileiro os senadores petistas Jorge Viana (AC), Humberto Souto (PT) e Gleisi Hoffmann (PE).
Com os acordos de delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, e do doleiro Alberto Youssef, a presidente-candidata foi aconselhada pela cúpula do PT e pelo staff de sua campanha a reconhecer, em algum momento, antes do segundo turno, a existência de uma ciranda de corrupção na maior empresa brasileira, que nos últimos anos teve os cofres sangrados pela quadrilha que lá agia e também pela incompetência de um governo pífio e paralisado.
Na tarde deste sábado (18), durante as costumeiras entrevistas coletivas que vem concedendo no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, Dilma finalmente admitiu que o banditismo político corroeu a Petrobras. Disse ela, com sua desfaçatez de sempre, que quer o dinheiro de volta. “Agora ninguém sabe hoje ainda o que deve ser ressarcido. A chamada delação premiada, onde tem todos os dados mais importantes, não foi entregue a nós. Eu até pedi, como vocês sabem. Pedi tanto para o Ministério Público quanto para o ministro do Supremo [Tribunal Federal], Teori Zavascki. Ambos disseram que ainda estava sob sigilo. Agora ressarcir, eu farei todo o meu possível para ressarcir o país. Se houve desvio de dinheiro publico, nós queremos ele de volta. Se houve [desvio], não. Houve, viu?”, disse a petista aos profissionais da imprensa.
Que Dilma Vana Rousseff, a companheira de armas Vanda ou Estela, é abusada e mente sem cerimônia todos sabem, mas nenhum brasileiro de bem deve acreditar na declaração esdrúxula despejada sobre os jornalistas que cobrem o cotidiano presidencial. Trata-se de mais um embuste com a chancela do PT, que na rota do desespero começa a apelar na tentativa de evitar uma derrota nas urnas. O que seria catastrófico para a legenda, pois em jogo está não apenas um projeto totalitarista de poder, mas a necessidade de impedir que os escândalos de corrupção da última década sejam revelados ao País.
Se Dilma de fato quer a devolução aos cofres da nação do dinheiro desviado da Petrobras por meio de contratos de empreiteiras superfaturados, que ela comece ressarcindo os R$ 2 milhões depositados na conta de sua campanha de 2010, quando concorria ao Palácio do Planalto. De acordo com depoimento de Paulo Roberto Costa à Polícia Federal e a procuradores da República, Antonio Palocci Filho lhe procurou para cobrar uma “doação” para a campanha de Dilma. Costa, por sua vez, que sempre acatou as ordens palacianas, determinou ao doleiro Alberto Youssef que fizesse o tal depósito. Aliás, não passa de conversa fiada a alegação de que é preciso esperar a Justiça liberar o acesso às delações premiadas para saber o que de fato pode ser cobrado pelo Estado. Dilma tem conhecimento do depósito feito por Youssef e deveria pedir a Palocci para que ressarcisse os cofres da Petrobras.
O que Dilma tenta de última hora, a mando da cúpula petista, é criar uma falsa aura de austeridade e probidade, algo que jamais existiu ao longo dos quase doze anos da era petista, que, com base no bom senso, precisa terminar no próximo dia 31 de dezembro, uma vez que o Brasil não mais suporta ação desses saltimbancos com mandato. É preciso passar o País a limpo, começando coma varrição dos atuais donos do poder. Ainda é tempo para fazer isso e salvar o Brasil de uma ditadura comunista nos moldes da que vem derretendo a vizinha Venezuela.