Governo pressiona emissora de TV por causa de reportagem-bomba e teme matérias do UCHO.INFO

dilma_lula_01Bomba-relógio – Cada vez mais preocupado com os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que interrompeu o maior escândalo de corrupção da história da humanidade, o governo petista de Dilma Vana Rousseff começa recorrer à intimidação no afã de retardar a divulgação de notícias, quiçá impedir a veiculação das mesmas. Não faz muito tempo, a presidente da República disse preferir o ruído da democracia ao silêncio do totalitarismo. Tal declaração se deu na esteira do polêmico projeto de regulação da mídia, armadilha petista para implantar a censura no País.

Na segunda-feira (2), temendo nova denúncia no rastro da Lava-Jato, a Presidência da República tentou impedir a veiculação de reportagem em emissora de televisão, que teve como base um conjunto de matérias do UCHO.INFO. Trata-se da covarde expropriação da Petroquímica Triunfo, manobra covarde e ilegal que com a anuência explícita de Dilma Rousseff e Luiz Inácio da Silva transferiu a empresa para o Grupo Odebrecht, por meio da Braskem, que detém o monopólio do setor petroquímico no País.

Depois de contatar a direção de jornalismo da emissora de televisão, a Presidência retornou o chamado para comunicar que a resposta, antecipada no rastro de ameaça velada, seria dada pela Petrobras, palco da manobra que beneficiou o grupo empresarial baiano, em detrimento dos direitos dos acionistas acintosamente prejudicados.

Na sequência da avalanche intimidatória, um assessor do ex-presidente Lula telefonou ao jornalista da emissora para saber se a reportagem que seria levada ao ar na segunda-feira tinha como base o conjunto de matérias do UCHO.INFO. O que mostra que a cúpula petista está não apenas preocupada com a denúncia, que já está na Procuradoria da República e na escrivaninha do juiz federal Sérgio Moro, mas atenta ao que noticia o site, cujo editor foi responsável, juntamente com o empresário Hermes Magnus, por denunciar o esquema de corrupção que culminou na Operação Lava-Jato.

Na denúncia levada ao Ministério Público e à Justiça Federal do Paraná é grande o número de pessoas envolvidas na manobra que atropelou o direito incontestável dos sucessores do empresário Boris Gorentzvaig, já falecido, então acionista controlador da Petroquímica Triunfo.

Zombaria com o Judiciário e a submissão de Costa

Em reunião com o também empresário Auro Gorentzvaig, herdeiro direto de Boris, o então presidente Luiz Inácio da Silva, na presença de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Petroquímica da Petrobras, desdenhou do Poder Judiciário. Na denúncia encaminhada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ao juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pela condução dos processos decorrentes da Lava-Jato, o empresário Auro Gorentzvaig transcreve as acintosas palavras de Lula: “O Poder Judiciário não vale nada, o que vale é a relação entre as pessoas…”.

Auro também relata no documento que a intimidade entre Lula e Costa, marcada pela submissão do ex-diretor da Petrobras, era nauseante. Em dado trecho do encontro, que ocorreu no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde à época funcionava provisoriamente a Presidência da República, Paulo Roberto acatou uma determinação de Lula com a seguinte frase: “Presidente, sua ordem é uma determinação…”.

Em determinado trecho da denúncia, que será uma bomba de efeito devastador caso as autoridades dispensem a devida atenção ao escândalo, o empresário confirma o que já é voz corrente. “Todos os empresários do setor, incluindo eu, sabiam que Paulo Roberto Costa funcionava como operador de Lula dentro da Petrobras”, escreveu Auro Gorentzvaig.

Jogo covarde e combinado

Mais adiante, em outro trecho do documento enviado a Janot e Moro, o empresário dá detalhes de como foi decidido o futuro da Petroquímica Triunfo. “Na ocasião, Paulo Roberto Costa, diretor da área de petroquímica nos informou: “…No setor Petroquímico já estava definido que só empresas atuariam no setor: uma era a Odebrecht, a outra será definida”. Ao que perguntei : “E a Petroquímica Triunfo?”. Ele [Costa] respondeu: “…A Triunfo será eliminada, conforme as diretrizes estabelecidas pelo presidente da República”.

O escândalo não para aí e pode ser muito maior do que o Petrolão, pois envolve um setor empresarial que responde, direta ou indiretamente, por muitos da economia do país. Na denúncia, que reafirmamos ser explosiva, Gorentzvaig vai além e relata o recuo da Petrobras em relação à venda das ações da Petroquímica Triunfo.

“Em audiência de conciliação na Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, a Petrobras pediu R$ 355 milhões pela sua parte na Petroquímica Triunfo. Em juízo, a Petroplastic concordou em pagar (oferta vinculante) o valor pleiteado pela petroleira nacional”, detalhou o empresário.

“A Petrobras recuou em sua decisão e, oito meses após a audiência de conciliação, repassou de maneira ilegal 100% das ações da Petroquímica Triunfo, transação avaliada em R$ 117 milhões. Ou seja, recusou R$ 355 milhões em dinheiro à vista, por 85% do capital social da empresa, operação que causou prejuízo de R$ 305 milhões à Petrobras, aos cofres públicos e ao Tesouro Nacional, um claro crime de lesa pátria em benefício da Braskem, do Grupo Odebrecht”, completou.

Protagonistas do golpe e dinheiro de propina

Auro Gorentzvaig, que ao lado do irmão, Caio Gorentzvaig, há muito luta na Justiça para reaver aquilo que lhe é devido, não poupa os artífices da trama e mostra sua invejável dose de coragem. “Os participantes da transação são: Paulo Roberto Costa, Dilma Vana Rousseff, José Sérgio Gabrielli de Azevedo e Luiz Inácio Lula da Silva”, afirma no documento.

“No mesmo período, como demonstrou a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, coincidentemente Paulo Roberto Costa recebeu US$ 23 milhões de propina em bancos na Suíça. O pagamento foi feito pela Odebrecht, sendo o diretor de plantas industriais da empresa o senhor Rogério Santos de Araújo”, destacou o empresário e um dos sucessores de Boris Gorentzvaig.

A denúncia é grave e é revelada com absoluta exclusividade pelo UCHO.INFO, que há meses abriu espaço para um escândalo que pode superar, em valores, todos os outros ocorridos até então no Brasil, que há mais de uma década vive à sombra da impunidade.

Ameaças e intimidação

Nos últimos dias, o UCHO.INFO e seu editor têm sido pressionados por anônimos que disparam telefonemas estranhos e tentam derrubar nossos computadores e servidores, mas nada nos deterá na cruzada para passar o Brasil a limpo.

Que esses bandidos de aluguel, que agem a mando dos donos do poder, saibam desde já que o calvário está apenas começando, pois nos nossos arquivos há um cipoal de denúncias que pode implodir a República a qualquer momento. Alguns integrantes do governo sabem disso e preferem não nos incomodar, pois reconhecem o nosso trabalho como necessário, sério e responsável.

Prova primeira – e menor – desse arquivo explosivo é a origem do dinheiro utilizado para pagar a defesa de alguns palacianos encalacrados em escândalos de corrupção. Em determinado caso, o pagamento, feito em dinheiro vivo, ocorreu em importante gabinete da Esplanada dos Ministérios. A continuar a pressão, covarde e rasteira, o Brasil irá pelos ares.

Clique e confira a íntegra da denúncia encaminhada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ao juiz federal Sérgio Fernando Moro pelo empresário Auro Gorentzvaig.

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