Unindo forças – A Arábia Saudita lançou uma operação militar contra as milícias xiitas houthi no Iêmen, envolvendo uma série de países do Golfo. Aviões de guerra realizam nesta quinta-feira (26) ataques aéreos em diversas bases dos houthis em território iemenita.
Segundo o embaixador do Iêmen nos Estados Unidos, Adel al-Jubeir, a operação visa “defender o governo legítimo do Iêmen e impedir o movimento radical houthi de assumir o controle do país”. A Jordânia, um dos aliados, destacou o “grande interesse estratégico” na estabilidade do Iêmen e na segurança no Golfo.
A maioria dos países da região é governada por sunitas, e uma eventual queda do atual governo iemenita poderia abrir mais espaço na região aos xiitas do Irã, que estariam apoiando os houthis. Após o início da ofensiva árabe, Teerã declarou que os ataques ameaçam a soberania do Iêmen, e pediu que eles sejam encerrados “imediatamente”, segundo declarações do ministro iraniano do Exterior, Javad Zarif.
O Paquistão também está examinando um convite da Arábia Saudita para se juntar à força de coalizão, que já conta com a participação dos Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Catar, Jordânia, Sudão e Egito.
Os ataques aéreos, até agora, deixaram um saldo de ao menos 18 civis mortos na capital, Sanaa. A Arábia Saudita destacou 100 aviões de guerra, 150 mil soldados e um número não detalhado de unidades marítimas para a operação.
Na quarta-feira (25), unidades sauditas já concentravam armas antiaéreas e equipamentos militares na fronteira com o Iêmen. Os Estados Unidos já autorizaram o repasse de apoio logístico e de inteligência para as investidas contra os houthis, informou uma porta-voz do Conselho Nacional de Segurança.
A Arábia Saudita receia que os houthis consigam o controle do estreito de Bab-el-Mandeb, que separa o Iêmen do Djibouti e oferece uma posição estratégica sobre o canal de Suez. Este rearranjo se som
Aeroporto recuperado
Forças leais ao presidente do Iêmen, Abd Rabbuh Mansur al-Hadi, recuperaram na noite de quarta-feira o aeroporto internacional da cidade portuária de Aden, no sul do país, segundo revelou uma fonte de segurança. O local havia sido ocupado horas antes pelos houthis, numa série de ações que vêm ameaçando a permanência de Hadi na presidência.
Hadi vem governando o Iêmen de Aden desde fevereiro, quando os houthis tomaram o poder em Sanaa. Um ministro havia alertado a queda de Aden marcaria o início de uma guerra civil.
O conflito no Iêmen tem alimentado temores de que o país se torne palco de uma guerra entre o Irã, acusado de apoiar os rebeldes xiitas, e a Arábia Saudita, governada por sunitas que apoiam Hadi. No início desta semana, a ONU afirmou que o Iêmen está à beira de uma guerra civil. (Com agências internacionais)