Os políticos e os eleitores do Paraná começaram a fugir de Gleisi depois que seu envolvimento, e do marido (o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva), no escândalo do Petrolão foi confirmado pelos dois principais delatores da Operação Lava-Jato – Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. A formalização da denúncia, com a inclusão do nome de Gleisi na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, destruiu a estratégia da senadora e de seus advogados, de alegar que a denúncia que a petista recebeu R$ 1 milhão em dinheiro vivo, recursos desviados da Petrobras, era procedente de fontes inconfiáveis (Costa e Youssef) e que as d enúncias conteriam contradições.
O envolvimento de Gleisi Hoffmann e do marido no maior escândalo de corrupção da história da humanidade – a roubalheira na Petrobras – investigado pela Operação Lava-Jato, está provocando outras consequências graves para o PT do Paraná, além da debandada de políticos que não querem ser flagrados ao lado da senadora.
O Partido dos Trabalhadores passa por um processo de implosão no estado sulista, assim como em todo o País, iniciado com a campanha desastrosa de Gleisi ao governo do Paraná em 2014(ficou em terceiro lugar com 14% dos votos e provocou uma redução de 60% na bancada do partido na Assembleia, que passou de 7 deputados para 3).
Uma autêntica diáspora de militantes históricos está acontecendo no Paraná. Com medo de jamais conseguir se eleger para qualquer cargo, políticos como o ex-deputado federal Angelo Vanhoni, a ex-vereadora e secretária municipal de Gustavo Fruet, Roseli Isidoro, e o vereador Jonny Stica estão com as malas prontas para deixar o partido. O destino mais provável é o partido de Marina Silva. Outras opções de migração partidária também estão sendo estudadas.
