“Estado Islâmico” conquista Ramadi, uma das mais importantes cidades do Iraque

estado_islamico_47Queda de braço – O “Estado Islâmico” (EI) consolidou, no domingo (17), a captura de Ramadi, capital da província de Anbar, após a retirada das forças iraquianas. Esta é uma das mais importantes perdas do governo de Bagdá desde o início da ofensiva para retomar o território perdido aos jihadistas.

“O comando das operações em Anbar foi desativado”, informou à agência AFP o porta-voz do governo da província, Muhammad Haimour. Diversas autoridades de segurança do país confirmaram a retirada das forças iraquianas da região.

Os milicianos do EI, que já controlavam grande parte da província de Anbar, utilizaram uma série de atentados suicidas com carros-bomba para tomar a cidade, e hastearam a bandeira negra da organização islamista na sede do comando militar da província.

“O Daesh [acrônimo em árabe para a organização terrorista] tomou o controle de todas as principais bases de segurança”, afirmou um tenente-coronel que estava entre as tropas iraquianas que bateram em retirada do centro de comando das operações, utilizando o nome do EI em árabe.

“Não temos um número exato de mortes, mas acreditamos que em torno de 500 pessoas, entre civis e militares, perderam suas vidas nos últimos dois dias”, afirmou Haimour, acrescentando que os combates ainda aconteciam em algumas áreas.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, havia aprovado o envio de unidades das milícias da Mobilização Popular (Hashed al-Shaabi) para tentar resgatar Ramadi, em uma atitude que marca uma mudança de postura em relação a oposição da província sunita de permitir a utilização dessas forças, que abrigam diversos grupos de combatentes xiitas.

Os combates resultaram numa nova onda de fugas de civis no país. A Organização Internacional para a Migração afirma que oito mil pessoas foram forçadas a fugir da região, número que ainda deve aumentar.

“Estamos extremamente preocupados com massacres que poderão ocorrer nas próximas horas”, alertou Haimour. O primeiro-ministro Abadi jurou que não irá abandonar a cidade, a cerca de cem, quilômetros da capital, Bagdá. (Com agências internacionais)

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