Passando o chapéu – Preocupado com a possibilidade cada vez maior de o Partido dos Trabalhadores continuar derretendo e se transformar em uma legenda nanica no cenário político, Luiz Inácio da Silva, o lobista de empreiteira, aposta suas fichas no “companheiro” Fernando Haddad, prefeito de São Paulo. Isso mostra o grau de desespero de Lula e da cúpula petista, pois Haddad é o melhor (sic) exemplar do fracasso administrativo.
Sem ter mostrado a que veio, Fernando Haddad tem se esmerado em cometer absurdos na maior cidade brasileira, onde ciclovias são instaladas da noite para o dia sem qualquer planejamento, a custos absurdos. Sem contar as faixas exclusivas de ônibus, que não deram ao transporte público a melhoria esperada.
Para evitar mais uma derrota ao partido, Lula já começou a trabalhar pela reeleição de Fernando Haddad, o que não significa que a empreitada será bem sucedida. Aliás, a chance de Lula e Haddad se darem mal é muito grande. Isso porque o prefeito paulistano é um fiasco como administrado, enquanto o ex-presidente da República caiu em desgraça junto à opinião pública por conta do seu envolvimento no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história do da humanidade.
Disposto a manter seu “poste político” no cargo, Lula quer que o governo de Dilma Rousseff libere à prefeitura de São Paulo R$ 8 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento. No momento em que o governo federal luta para emplacar o programa de ajuste fiscal, que ainda depende do humor do Congresso Nacional, a liberação do dinheiro do PAC não passa de sonho de uma noite de outono. Lula sabe da dificuldade que enfrenta o governo Dilma, por isso não deveria ter mergulhada na seara do absurdo.
Ademais, despejar dinheiro na prefeitura da capital paulista não significa execução imediata de obras, mas pode garantir caixa 2 para a campanha de Haddad, que terá sérias dificuldades durante a corrida ao trono da Pauliceia Desvairada. Nesse cenário de dificuldades políticas crescentes, Marta Suplicy é mais um entrave no sonho de Lula.
Ao deixar o PT atirando contra o partido e o Palácio do Planalto com sua metralhadora verborrágica, Marta Suplicy deixou claro que é candidata à prefeitura paulistana. Para o desespero dos moradores da quarta maior cidade do planeta, Marta tem chance de vencer a disputa, o que seria um desastre administrativo. A grande questão é saber quem é pior nesse quadro eleitoral: Marta Suplicy ou Fernando Haddad? Que até a eleição surja algum candidato à altura da importância de São Paulo.
