Fala que eu te escuto – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) apresentou requerimento de convocação do secretário de Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, diante das declarações de que orientou campanhas publicitárias de estatais a adotarem tema que combatesse a onda de rejeição de grande parcela de brasileiros em relação ao PT.
Em reportagem do jornal “O Globo”, o secretário com status de ministro afirmou que instruiu empresas públicas como Banco do Brasil e Caixa Econômica a fazerem propagandas incentivando a “cultura da paz” como contrapartida a episódios de hostilidade envolvendo manifestantes críticos ao seu partido. Caiado quer que Edinho Silva explique suas declarações na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.
“É isso que dá colocar o tesoureiro de campanha de Dilma na Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Além de não entender uma vírgula de comunicação governamental, ele trata como se fosse a coisa mais normal do mundo usar dinheiro público para fazer campanha de marketing positivo para o PT. Estou apresentando requerimento de convocação porque quero entender afinal se ele acha que o Estado brasileiro está a serviço do partido, ou se já confunde as duas coisas como se fôssemos uma autocracia”, explicou Caiado.
O democrata ainda ressaltou que durante a conversa com o jornalista, Edinho ainda admitiu burlar a Constituição para cumprir com o propósito de usar publicidade oficial como forma de atenuar a crise de popularidade contra a legenda que está no poder há 12 anos.
“Ele ainda tem a cara de pau de justificar o uso de campanhas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica porque, em suas palavras, ‘o governo federal não poderia lançar uma propaganda institucional sobre o tema porque o teor das mensagens precisa ser de utilidade pública’. Ou seja, assume na cara dura que quis burlar as regras que regem a publicidade oficial”, acusou.
O requerimento apresentado por Ronaldo Caiado faz menção ao Artigo 37 da Constituição que exige da administração pública obediência “aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.