Epidemia das drogas – Saiba alguns indícios que o adolescente esteja usando drogas com frequência. Vale ressaltar que alguns destes comportamentos são próprios da idade; o importante é observar o conjunto das ações.
• Trocar de amigos e não trazê-los para dentro de casa.
• Afastar-se da família e dos velhos amigos.
• Perder o interesse do que fazia antes.
• Cair o rendimento escolar.
• Dormir muito ou quase nada.
• Pouco interesse pelos estudos e passatempos sadios.
• Tornar-se mentiroso, evasivo e manipulador.
• Olhos avermelhados, pupilas dilatadas.
• Risadas sem causas aparentes.
• Apatia, desencanto, desânimo, desassossego, agito.
• Tosse intensa.
• Esquecimentos, falta de atenção e concentração.
• Dificuldade para falar, balbuciar.
• Falta ou Excesso de apetite
Descobrir em tempo o consumo de drogas pode evitar que uma curiosidade pontual se torne uma triste dependência. Porém, deve-se escolher a maneira mais adequada de tratar o tema, para que o adolescente não se sinta acuado e se afaste ainda mais da família.
E se for constatado que o adolescente está fazendo uso de drogas? O que fazer?
Antes de abordar o jovem, é preciso que os responsáveis discutam exatamente o que vai ser feito. Se não houver consenso entre o pai e a mãe, não adianta, é melhor procurar alguém que o jovem respeite.
Gritar, brigar e ameaçar com internação são ações que podem piorar o problema e dificultar ainda mais o diálogo, que, certamente já está difícil há algum tempo. Mas ser conivente com a situação é pior ainda. Não basta apenas proibir o uso, é preciso fazer o adolescente perceber que está prejudicando sua vida e resolver os conflitos que o levaram a buscar a droga.
De acordo com o psicólogo Marcos Govoni, “quando há respeito e limites, o adolescente acaba largando as drogas sem maiores problemas. Mas se os limites não foram colocados anteriormente, nunca é tarde para começar. Exemplo de limites é deixar de atender a todos os desejos do filho, pois a falta é o que dá movimento à vida”.
Ainda é recomendado procurar ajuda profissional o quanto antes. Dentro do SUS há os “CAPSad” (Centro de Atenção Psicossocial – álcool e outras drogas), centros especializados em dependência química. Nestes serviços tanto o adolescente como os pais poderão receber orientação e atendimento de diferentes profissionais.
É extremamente importante que os pais estejam dispostos a se envolver na terapia, pois é consenso da maioria dos profissionais que trabalham nesta área que a dependência química é apenas consequência de um ambiente em crise, o que significa que os pais podem precisar de ajuda tanto quanto o filho, já que o problema com as drogas afeta não somente o indivíduo que faz uso delas, mas toda a família.