Nariz fora d’água – Principal candidato ao título do Campeonato Paulista e da Copa Libertadores de 2015, o Corinthians começou o ano no embalo de forte crise financeira. Aos poucos, o time foi degringolando, graças também aos salários atrasados e problemas fora de campo. Porém, seis meses após a nova diretoria assumir o comando do clube, o Alvinegro, que tinha dívida superior a R$ 30 milhões com atletas e empresários, já começa a perceber pequena melhora.
Na terça-feira (18), o diretor financeiro Emerson Piovesan revelou que a expectativa é que o clube comece a sair do delicado momento econômico no mês de fevereiro do ano que vem, após o pagamento de diversas contas previstas para o fim da atual temporada e princípio da próxima.
O clube está sem receita de bilheteria de estádio, já que os valores arrecadados em Itaquera vão direto para um fundo que amortiza a dívida decorrente da construção da arena, que, é bom frisar, entrou na mira da Polícia Federal depois da deflagração da Operação Fair Play. O Corinthians também é afetado pelos pagamentos de impostos atrasados deixados pela gestão Andrés Sanchez – e parte na de Mario Gobbi.
O clube de Parque São Jorge ainda possui direitos de imagem atrasados com o elenco, mas não pretende mais vender jogadores para sair da crise e espera conquistar alguns acordos. O marketing é outro fator que tem ajudado, com a obtenção de novos patrocínios. Outro fator que pesa, foram os esforços que deixaram de ser feitos, a exemplo da renovação de Guerrero, que queria R$ 18 milhões de luvas.
No balanço do ano passado, a receita do Corinthians caiu 19% em relação a 2013, enquanto endividamento e déficit operacional chegaram a R$ 21 milhões no futebol. As dívidas com fornecedores ultrapassaram os R$ 57 milhões. Já os lucros com bilheteria despencaram de R$ 32 milhões em 2013 para R$ 7 milhões na temporada seguinte, uma vez que a verba do novo estádio vai para o fundo. (Danielle Cabral Távora)
