Cego em tiroteio –
Advogado do banqueiro oportunista DD, cujo nome a Justiça nos proíbe de citar, o criminalista gaúcho Andrei Schmidt insiste em desqualificar a Operação Satiagraha como forma de salvar o seu cliente das garras da lei. Em entrevista concedida ao site “Última Instância”, especializado em temas jurídicos, Schmidt disse, ao se referir à operação da Polícia Federal, que “um Estado agindo sem limitações, no bojo de uma democracia, é um Estado tão autoritário quanto qualquer outro num regime ditatorial”. Se o advogado conversou longamente com seu cliente, desde que foi contratado para substituir Nélio Machado, certamente aprendeu o que é agir de maneira ditatorial e sem limitações.
Sem limites para neutralizar seus adversários, o mais oportunista dos banqueiros tupiniquins é, sem dúvida alguma, um especialista no assunto. Tanto é verdade, que jornalistas foram régia e criminosamente pagos para publicar notícias que lhe favorecessem, enquanto milicianos foram contratados para monitorar e intimidar adversários. Ações das mais diversas foram deflagradas contra aqueles que ousaram desafiar o homem que continua acreditando ser o “dono do Brasil”. E esse tipo de procedimento é típico de modelos autoritários.
Na entrevista concedida à jornalista Mariana Ghirello, Andrei Schmidt cita o nome deste site e de seu editor, quando questionado sobre a movimentação do banqueiro e seus advogados para evitar uma prisão antecipada pelo ucho.info. Em termos cronológicos, o criminalista errou ao afirmar que noticiamos a existência de uma operação policial dias após um e-mail enviado à assessoria do banco comandado pelo oportunista DD. Ademais, vale ressaltar que publicamos a informação um mês antes da “Folha de S. Paulo”.
No relatório da Operação Satiagraha, a Polícia Federal transcreve o conteúdo de uma conversa telefônica entre o banqueiro e Humberto Braz, que ficou incumbido de checar a notícia publicada neste site e “passar para longe” (imagem abaixo).
O advogado sugere na entrevista que a notícia publicada pelo ucho.info (confira abaixo), em 21 de março de 2008, foi resultado de vazamento da própria Polícia Federal. Engana-se o causídico oportunista, pois jornalistas dedicados não dependem de ações eticamente duvidosas para o pleno exercício da profissão.
Contagem regressiva
Tradicionalmente, a folclórica malhação de Judas acontece amanhã, Sábado de Aleluia, mas na seara dos negócios essa comemoração cristã, que transfere aos oprimidos o direito de açoitar a figura do traidor, terá lugar dentro de algumas semanas. Autoridades federais estudam, e não é de hoje, a melhor maneira de enjaular o mais polêmico banqueiro tupiniquim, o “Tantas”, cujo nome a Justiça em decisão que remonta à era plúmbea nos proíbe de citar. O enquadramento do banqueiro opportunista tem como base uma profunda análise dos documentos apreendidos durante operação policial (Chacal) deflagrada após notícias divulgadas por este site. Caso sejam confirmadas as precisas informações recebidas pela coluna, a queima de fogos de artifício, de norte a sul do país, causará inveja às mais badaladas e pirotécnicas festas de virada de ano. É ver para crer, porque depois de tantas armações tudo é possível.