Notícia sobre a morte de Hugo Chávez será dada depois de encerradas as negociações

Sordidez sem limite – A chance de Hugo Chávez ainda estar vivo é nula, diante do quadro de septicemia para o qual evoluiu a infecção pulmonar contraída após a cirurgia para conter a metástase de um câncer diagnosticado como sarcoma. Durante a cirurgia, que durou seis horas, Chávez sofreu uma grave hemorragia, possivelmente como consequência dos efeitos do sarcoma.

As notícias oficiais divulgadas até agora são contraditórias, o que provoca uma enxurrada de especulações, mas é importante destacar que nenhum paciente debilitado suporta uma septicemia por muitas horas. A septicemia é uma infecção generalizada que sai do controle dos médicos, espalha-se por todos os órgãos e leva a óbito.

Enquanto o povo venezuelano acredita no que vem sendo divulgado pelo núcleo duro do Palácio Miraflores, a movimentação da cúpula do governo de Caracas está toda em Havana. O vice-presidente, que chegou à capital cubana na última sexta-feira (28), prometeu voltar à Venezuela na quarta-feira (2), mas continua lá. Adán Chávez, irmão mais velho de Hugo Chávez e governador reeleito do estado de Barinas, desembarcou em Cuba na quarta-feira, onde conversou com os médicos e reuniu-se com Maduro.

Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, que deve ser reeleito para o cargo no próximo sábado (5), também está em Havana. Cabello se reuniu com os outros políticos venezuelanos que se encontram na ilha caribenha, pois independentemente do fato de Chávez ter declarado que Nicolás Maduro é seu herdeiro político, o presidente da Assembleia Nacional também cobiça a presidência do país latino-americano.

Em Cuba, assistindo ao circo que se montou em torno de um cadáver, também estão muitos outros familiares de Chávez, entre eles o genro Jorge Arreaza, que é ministro de Ciência e Tecnologia. Arreaza tem informado no microblog que mantém no Twitter que o quadro de saúde do ditador é estável. O que não condiz com a realidade.

A notícia final será dada no momento em que as autoridades que estão em Cuba entenderem ser o melhor. Nesse cenário sórdido há um sem fim de interesses, inclusive de outros países, pois não se deve esquecer que a Venezuela é atualmente o maior produtor de petróleo do planeta. Uma guerra civil deflagrada a partir da notícia da morte de Chávez, entre seguidores e adversários do tiranete bolivariano, poderá parar o planeta.

Nos bastidores das negociações que ocorrem em Havana estão graduados representantes dos governos da Rússia, China e Irã. Até mesmo o governo cubano tem muitos interesses nas negociações, pois afinal Chávez transformou-se nos últimos anos na única cornucópia que abastecia os cofres da ditadura dos irmãos Castro. Como se fosse pouco, mais da metade das reservas monetárias da Venezuela está depositada no exterior, sem contar o dinheiro desviado.

A farsa que tentam sustentar a todo custo não demorará muito para ser desmontada, pois em algum momento uma informação, por menor que seja, há de vazar. E isso acontecendo, não haverá mais como segurar o que alguns já sabem e milhões desconfiam.