Nova Zelândia teme nova erupção de vulcão que no início da semana deixou seis vítimas fatais

Temores de nova erupção do vulcão Whakaari, localizado na Ilha Branca (White Island), na Nova Zelândia, levaram as autoridades locais a cancelar as operações que estavam previstas para esta quarta-feira (11) com o intuito de resgatar os corpos das vítimas.

As autoridades neozelandesas mantiveram em seis o número oficial de mortos após a erupção ocorrida no início da semana, quando o vulcão Whakaari lançou uma nuvem com altura estimada de 3.660 metros, com vapor extremamente quente, cinzas e rochas que atingiram velocidades assustadoras. A polícia acrescentou mais um nome à lista de desaparecidos, aumentando o total para nove.

O Whakaari voltou a lançar cinzas, lama e gases tóxicos nesta quarta-feira, registrando os níveis de atividade sísmica mais altos na ilha desde 2016. A agência de monitoramento sísmico GeoNet calculou que há uma chance de entre 40% e 60% de que uma nova erupção venha a ocorrer nas próximas 24 horas.

Acredita-se que os corpos das vítimas ainda estejam na ilha, mas o risco é considerado grande para as equipes de médicos forenses, odontologistas e outros especialistas em identificação de cadáveres se aproximarem do local.


“Seria loucura nossa enviar homens e mulheres para a Ilha Branca em uma situação que não é segura”, afirmou o ministro neozelandês da Polícia, Stuart Nash.

Autoridades de saúde afirmam que 22 sobreviventes ainda estão em estado crítico, sendo tratados nas unidades de queimados em hospitais pelo país. Em torno de 1,2 milhão de centímetros quadrados de peles doadas para enxertos estão sendo enviadas pela Austrália e Estados Unidos para ajudar no tratamento das vítimas.

Nash disse que alguns dos ferimentos eram tão graves que as vítimas não conseguiam identificar a si mesmas. “Há várias pessoas nos hospitais que não conseguem se comunicar, elas têm queimaduras graves não apenas na pele, mas também em órgãos internos”, afirmou.

No momento da erupção, havia nos arredores 47 pessoas entre turistas e guias da Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, China, Alemanha, Malásia e Nova Zelândia. O governo australiano informou que 13 de seus cidadãos estavam sob tratamento e outros 11 estão ainda não foram encontrados. (Com agências internacionais)