Herdeiros de Janene se surpreendem com os “amigos cítricos” do xeique do “Mensalão do PT”

Capítulo extra – Abusado como político, o falecido José Janene sempre atuou como um globetrotter tupiniquim no mundo dos negócios. Conhecido nos últimos anos antes de sua morte como um dos grandes operadores do “Mensalão do PT”, o que lhe rendeu acusação por parte da Procuradoria-Geral da República e consequente processo no Supremo Tribunal Federal, Janene, que certa feita, diante de diversos parlamentares, duvidou da honra de Dona Lindu, da mãe do então presidente Luiz Inácio da Silva, foi um franco atirador como empresário.

O que seus herdeiros não esperavam, após o início da divisão dos bens, é que o patriarca tivesse estendido seus negócios a um “laranjal” de fazer inveja a muitos alarifes, assunto que tem deixado o Ministério Público de cabelo em pé. Quando o espólio do falecido Janene entrou na pauta familiar, descobriu-se que alguns de seus próximos e não tão fidedignos colaboradores adotaram silêncio obsequioso e passaram a usufruir de algo que não lhes pertencia.

O assunto tem recheado as discussões de alcova da bela e organizada Londrina, cidade no interior do Paraná, até porque aqueles que acreditam ter direito sobre alguma coisa não conseguem convencer os que ora detém aquilo que foi amealhado de maneira pouco ortodoxa.

Enquanto o bate-boca entre as parte corre com a discrição que pauta desacertos típicos de filmes de ação, o Ministério Púbico está debruçado sobre investigação que tem na mira alguns parentes e prepostos de José Janene, sendo que parte dos traidores agora vive como um grupo de nababos. Especialmente porque a esperada morte do ex-parlamentar cardiopata não era levada tão a sério pela família, que nem sempre soube a fundo de seus negócios.

No olho do furacão que se formou após a partida de Janene estariam os diretores da CSA (empresa com sede no bairro do Itaim, na capital paulista, e que pertenceria a Janene), sua filha Danielle, o primo Meheydin Jenani e a cunhada Rosa Alice Valente (casada com Meheydin), além de Carlos Murari e Assady Janene, irmão do ex-deputado.

Quando encerrar a investigação, após vencer todas as névoas que quase sempre emolduram os complexos casos de branqueamento de capital, as autoridades estarão diante de um escândalo sem precedentes, até então mantido longe dos holofotes por conta do poder de persuasão (sic) do xeique do “Mensalão do PT”. É esperar para ver, pois de acordo com os documentos obtidos pelo ucho.info esse é o capítulo inicial.