Lula finge que não está por trás do entrevero entre o Supremo e o Congresso e adota fala mansa

Papo furado – Ainda fugindo da imprensa por causa dos inúmeros escândalos em que se envolveu, direta ou indiretamente, Luiz Inácio da Silva continua dando palpites na política brasileira, mesmo que à distância e longe dos holofotes.

Como se desconhecesse as razões que levaram a um confronto entre os poderes Legislativo e Judiciário, Lula disse que não há qualquer clima de animosidade entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Lembrando que os Poderes devem cumprir seus respectivos papeis, o ex-metalúrgico destacou o dito popular do “cada macaco no seu galho”.

Esse discurso embusteiro seria minimamente palatável, apesar de chulo, se o Brasil funcionasse dessa maneira. O Supremo não interfere nos assuntos do Legislativo, exceto quando provocado em razão do desrespeito às normas constitucionais. Do contrário, o STF cumpre o seu papel dentro do que determina o conjunto legal e a Carta Magna.

A situação torna-se incomoda para o PT porque o Palácio do Planalto transformou o Congresso Nacional em apêndice obediente, onde busca apoio para governar a partir de um sem fim de Medidas Provisórias, editadas ao arrepio da Constituição Federal.

Fora isso, o Mensalão do PT mostrou de forma incontestável a necessidade da postura sempre vigilante do Poder Judiciário e do Ministério Público, os quais estão na mira de um projeto de engessamento que leva a rubrica palaciana.

Acreditar que a fala de Lula é mansa e conciliadora é assinar um recibo em branco para que a esquerda verde-loura avance em seu projeto totalitarista de poder. Ou a sociedade reage a essa clara tentativa de golpe, ou o aeroporto mais próximo é a melhor das saídas. Atentai bem, brasileiros!