Tiro no pé – Um mistério que há muito intriga o universo político nacional está prestes a ser elucidado. Como Gleisi Hoffmann, sabendo dos crimes cometidos pelo pedófilo Eduardo Gaievski, levou o petista à Casa Civil para comandar programas relativos a menores. Escolhido à época também coordenar a campanha de Gleisi ao governo do Paraná, Gaievski era investigado pelo Ministério Público por 28 estupros de menores (14 deles contra vulneráveis, menores de 14 anos).
Se tais informações eram acessíveis a qualquer cidadão, bastando uma consulta na internet, como a então ministra conseguiu indicar um monstro para trabalhar no Palácio do Planalto? A resposta é simples: Gleisi Hoffmann sabia. E a prova deve ser apresentada pelos aliados do senador Roberto Requião, que travam luta sem trégua com Gleisi pelo direito de ocupar a vaga no segundo turno contra o tucano Beto Richa nas eleições de outubro, pelo governo paranaense.
Os seguidores de Requião avisam que têm um relatório do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) que, juntamente com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), levantou a ficha tenebrosa de Gaievski e alertou a então ministra sobre a inconveniência absoluta de levar um predador sexual conhecido para trabalhar no Palácio do Planalto a poucos metros da presidente Dilma Rousseff.
Gleisi, de acordo com o PMDB, não apenas teria ignorado os avisos do GSI e da ABIN, mas disse que bancaria pessoalmente e se responsabilizaria pela nomeação do pedófilo. Quando a prisão do auxiliar estourou, a ex-chefe da Casa Civil jogou a culpa sobre o aparato de informações do governo, gerando revolta entre os profissionais da comunidade de informações. Gaievski foi preso e está prestes a receber sentença. Por culpa de Gleisi, os arapongas que, por dever de ofício, têm a obrigação do silêncio obsequioso, ficarão desmoralizados.
Calados, mas não imóveis. A suspeita, que começou a deixar o grupo de Gleisi e do PT em pânico, é que documentos comprovando que a petista foi informada em tempo hábil sobre os muitos crimes de Gaievski eram do conhecimento do governo que o contratou.