Afastada da Presidência da República no vácuo de processo de impeachment, que ainda depende de decisão do Senado Federal, a petista Dilma Rousseff quer voltar ao cargo debaixo da tese inconstitucional, pelo menos por enquanto, de novas eleições.
Ciente de que não terá apoio popular e político suficiente em eventual retomada do mandato, Dilma não desiste de seu objetivo por puro capricho. Luta para não entrar para a história pela porta do fundo, sem se importar com o estrago ainda maior que produzirá na economia, que com certeza será pior e maior do que o patrocinado ao logo dos últimos cinco anos.
Quem ainda insiste em defender as supostas conquistas da era PT, marcada por fanfarrice e roubalheira, por certo vive em outro planeta ou, então, não consegue analisar os números mais básicos que traduzem a realidade econômica nacional.
De acordo com dados de pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a crise econômica – leia-se recessão – provocou a demissão, em abril, de 17,4 mil trabalhadores do setor, no décimo nono mês consecutivo de postos laborais.
Com mais esse número negativo, o número de pessoas empregadas na construção civil é de 2,83 milhões, recuo de 0,61% em relação a março. Os quatro primeiros meses deste ano registram 72,9 mil demissões na construção civil em todo o País, ao passo que no acumulado de doze meses esse número chega à assustadora marca de 398,2 mil vagas eliminadas.
No setor industrial paulista a situação não é diferente. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a indústria de transformação fechou 7,5 mil postos de trabalho em maio, encerrando o mês com recuo de 0,33% no nível de emprego, na comparação com abril. De janeiro a maio,a indústria já acumula 41 mil demissões, de acordo com a entidade.