Depoimento de “laranja” complica a vida de André Vargas, coordenador da campanha de Gleisi

gleisi_hoffmann_48Pedra no sapato – As más notícias não param de despencar sobre a campanha da senadora petista Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná. Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, um dos sócios do Labogen (laboratório-lavanderia criado pelo doleiro Alberto Youssef para lesar o erário), Leonardo Meirelles, admitiu que o deputado André Vargas, coordenador da campanha de Gleisi, foi o responsável por indicar o laboratório para o Ministério da Saúde e fundamental na formalização de um contrato de R$ 35 milhões para a produção de citrato de sildenafila, o princípio ativo do Viagra.

Meirelles prestou depoimento como testemunha no processo que investiga a quebra de decoro parlamentar de Vargas, devido ao seu envolvimento com Youssef, preso em Curitiba na esteira da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. As novas revelações, que comprovam o envolvimento do coordenador da campanha de Gleisi com a negociata para produção do Viagra genérico, provocaram o efeito de uma cascata de água gelada sobre o já baixo ânimo da campanha da senadora, que vem colecionando más notícias, como, por exemplo, a dificuldade em conseguir formar uma chapa, o abandono de aliados e a rejeição do eleitor paranaense às práticas nada republicanas do PT. Entre elas, as denúncias fartamente comprovadas de que Gleisi é responsável por prejudicar o Paraná sonegando recursos federais ao estado.

De acordo com investigações da Polícia Federal, o Labogen teria sido usado para lavar US$ 37 milhões (R$ 85 milhões), oriundos dos negócios de Youssef, ao simular as importações. André Vargas teria auxiliado o doleiro a conseguir um contrato no ministério para o laboratório no valor de R$ 31 milhões. Em uma das mensagens interceptadas pela PF, Vargas e o doleiro aparecem conversando sobre o Labogen e tratam o negócio como a oportunidade de “independência financeira”. A suspeita da polícia é de que o doleiro seja o verdadeiro dono do laboratório farmacêutico.

Para o contrato com o Ministério da Saúde, o laboratório se associou com o EMS, dentro de um programa do Ministério da Saúde denominado PDP (Parceria para o Desenvolvimento Produtivo). O objetivo do programa é transferir a laboratórios públicos a produção de medicamentos. No caso, o Laboratório Farmacêutico da Marinha era o parceiro público das duas empresas. Além de André Vargas, o amigo do doleiro Alberto Youssef, Gleisi tem outros esqueletos no armário para carregar durante a campanha. O mais incômodo deles é o pedófilo Eduardo Gaievski, prestes a ser condenado por dezenas de estupros contra meninas, que Gleisi levou para a Casa Civil para cuidar das políticas do governo federal para menores.

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