Dilma não tem coragem de revelar a origem do dinheiro usado para pagar a defesa de Erenice Guerra

erenice_guerra_08Pano quente – Enfrentando-se neste momento no debate promovido pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), Dilma Rousseff e Aécio Neves travam uma acirrada queda de braços, marcada por troca de acusações. Dilma insiste em dizer que jamais colocou sob o tapete palaciano os escândalos de corrupção, mas essa é mais uma mentira com chancela do PT. Em mais um momento de ousadia, a candidata petista decidiu defender de forma aguerrida a “companheira” Erenice Guerra, sua substituta na Casa Civil e durante anos a fio seu braço direito.

Erenice foi flagrada em um rumoroso escândalo de tráfico de influência, que envolveu inclusive seus familiares, mas Dilma não vê qualquer irregularidade nesse tipo de conduta, até porque essa é a maneira mais suave de o PT operar nos subterrâneos do poder.

Contudo, o nó maior e mais apertado no currículo de Erenice Guerra atende pelo nome de Pasadena. Por ocasião da compra da superfaturada refinaria texana o Conselho Fiscal da Petrobras contava com a participação de Erenice Guerra, como já mencionado, pessoa de confiança de Dilma. Advogada e chefe da consultoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, na época em que Dilma comandou a pasta, Erenice deveria ter se preocupado com os detalhes do contrato draconiano que sangrou os cofres da petroleira verde-loura. Não apenas por ser uma operadora do Direito, mas pelo fato de assessorar a ministra responsável por cuidar dos interesses da Petrobras, inclusive.

Fiel escudeira da presidente da República, Erenice rumou para a Casa Civil quando Dilma assumiu a vaga deixada por José Dirceu, que caiu no vácuo do escândalo do Mensalão do PT. Secretária-executiva da chefe da Casa Civil, pasta que assumiu quando Dilma se desincompatibilizou do cargo para concorrer à Presidência da República, Erenice sempre falava em “put option” nas reuniões que comandava no Palácio do Planalto. Foi a cláusula de “put option” que obrigou a Petrobras a comprar a parte da Astra Oil na refinaria de Pasadena.

Erenice, como membro do Conselho Fiscal da Petrobras, sabia dos absurdos que constavam do contrato de compra de 50% da refinaria de Pasadena, portanto, já devidamente instalada na chefia da Casa Civil, tinha o dever de ordenar que o caso fosse apurado com o máximo rigor. Ao contrário, Erenice preferiu o silêncio obsequioso como forma de proteger a agora presidente Dilma Rousseff.

Dilma pode fazer a defesa que quiser de Erenice Guerra, mas deveria criar coragem e revelar aos brasileiros a origem do dinheiro usado para pagar a defesa de sua fiel assessora, que até hoje continua mandando e desmandando nos bastidores do governo central, como se os escândalos em que se envolveu nada representassem. Acontece que Dilma jamais terá coragem de revelar a fonte da dinheirama usada para custear a defesa de Erenice. O editor do ucho.info sabe quem pagou!

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