Maior autoridade do País, a presidente Dilma Rousseff ordenou investigação rigorosa, como se qualquer investigação não devesse ser conduzida com o máximo rigor. O ato falho de Dilma é justificável, pois nos oito anos em que o messiânico Luiz Inácio da Silva esteve no Palácio do Planalto nenhuma investigação foi rigorosa, exceto as eu tinham na alça de mira os seus adversários. Quando companheiros e apaniguados foram pegos cometendo transgressões, para não dizer crimes, Lula entrou em cena para abafar os escândalos. E assim foi até o último dia de seu mandato.
Na quinta-feira (26), um grande vazamento de óleo ocorreu no Terminal Osório da Transpetro (Petrobras), em Tramandaí, no Rio Grande do Sul, estado governado pelo petista Tarso Genro. De acordo com nota divulgada pela empresa, o acidente ocorreu em uma “monoboia, durante operação de descarregamento de um navio”. O óleo derramado atingiu as praias do litoral norte gaúcho, causando, além de grave dano ambiental, sérios prejuízos aos veranistas que lá descansam e ao comércio local.
Muito estranhamente, o acidente em terras gaúchas não mereceu da imprensa o mesmo espaço, além de contundência, dedicado ao caso Chevron. Isso se explica porque, a exemplo do que ocorre na máquina federal, os cargos mais importantes da Petrobras e suas subsidiárias são ocupados por companheiros petistas, como se o partido fosse uma usina propulsora de réplicas de Aladim.
Dilma Rousseff, que esteve em Porto Alegre na quinta-feira (26) para participar do Fórum Social Mundial, em nenhum momento mencionou o acidente ocorrido no terminal da Transpetro, como também não ordenou uma investigação rigorosa. Na mesma tangente do imbróglio está o governador Tarso Genro, que diante da barbeiragem da Transpetro simplesmente adotou um silencio tão obsequioso quanto covarde.