O comércio eletrônico no Brasil que desponta a cada ano com números cada vez mais altos, começa a ganhar uma peculiaridade: o impulso feminino. A participação das mulheres tem crescido nas duas pontas. Tanto entre as mulheres que empreendem, quanto as que gastam no segmento.
De acordo com levantamentos do data center Maxihost, especializado no comércio de lojas virtuais, o crescimento do número de mulheres empreendedoras nos últimos três anos tem alcançado cerca de de 30% ao ano; e agora elas já representam quase 50% das donas das mais de 3.000 lojas virtuais vendidas. “Acreditamos que esse número ainda possa aumentar”, observa Eduardo Alberto, diretor da Maxihost.
E como consumidoras vorazes, elas também não ficam atrás. É o caso das compras coletivas, o novo fenômeno da internet. Estima-se que 8 milhões de brasileiros já se cadastraram nesse tipo de site e que até o final do ano, esse número possa chegar a 20 milhões. Com um detalhe: a maioria esmagadora desse público é composto por mulheres. Loucas por descontos (ou “muito boas em fazer bons negócios”) elas são responsáveis pela emissão por cerca de 80% dos mais de 5 milhões de cupons que esse comércio emitiu desde que chegou ao Brasil há menos de um ano, de acordo com levantamentos do site Magote.com.
E compram de tudo, desde hidratação de cabelos em salões de primeira classe até serviços de mecânica e peças de sex shops. A procura é tão grande, que o Magote.com, inaugurado em novembro do ano passado, optou por se atender apenas esse segmento e, a partir de março, passará a ser “cor-de-rosa”.
Aliás, no Magote, o lado empreendedor feminino também é considerável. De acordo com Marcio Pascal, idealizador e diretor do site, o número de mulheres donas de estabelecimentos que anunciam também cresce a cada dia. “Calculo que hoje, elas sejam responsáveis por 65% dos nossos anúncios . Acredito que a tendência é aumentar”, assinala oexecutivo, que complementa: “É só uma questão de tempo. A internet é delas.”.