Emprego na indústria recua 0,7% em maio e mostra como o PT conseguiu arruinar a economia do País

industria_10Na banguela – Quando, em meados de 2005, o ucho.info alertou o Palácio do Planalto para os primeiros passos de um perigoso processo de desindustrialização que acabar de se instalar no País, os interlocutores do governo simplesmente deram de ombros, não sem antes nos acusarem de loucos. À época, os palacianos estavam preocupados em salvar a pele do então presidente Lula, cujo mandato estava na corda bamba por conta do Mensalão do PT, o maior e mais ousado escândalo e corrupção da história nacional.

O tempo passou – quase uma década – e os resultados do desdém oficial agora estampam com regularidade as manchetes negativas acerca da crescente crise econômica, cujas causas passam obrigatoriamente pela débâcle da indústria verde-loura. Não se trata de bola de cristal, como sempre afirmamos, mas de analisar os fatos a partir de prisma amplo e abrangente.

Naquela ocasião, Lula já fazia seus salamaleques na direção de Pequim, que com a competitividade selvagem e covarde que impera no país ajudou a destruir a indústria brasileira, que começava a se tornar refém do desgoverno petista. Não foi preciso muito esforço do raciocínio, anos mais tarde (2008), para perceber que a sofrida e abandonada indústria brasileira sofreria as consequências da decisão do governo federal de minimizar os efeitos da crise internacional com a elevação irresponsável do consumo interno.

Nesta sexta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados de pesquisa que aponta nova queda no emprego industrial. Em maio, segundo o levantamento do IBGE, o emprego na indústria registrou recuo de 0,7%.

Em relação a maio de 2013, o emprego industrial teve queda ainda maior, de 2,6%. Trata-se do 32° resultado negativo seguido nesse tipo de comparação e o mais forte desde novembro de 2009, quando o índice ficou em -3,7%. A maior influência veio da indústria de São Paulo, com -3,7%. Na sequência, aparecem o setor fabril do Rio Grande do Sul (-3,8%), do Paraná (-4,0%) e de Minas Gerais (-2,1%). O único resultado positivo foi registrado em Pernambuco, com alta de 0,3%.

Entre os setores industriais pesquisados pelo IBGE, o total de ocupação encolheu em 15 dos 18 segmentos pesquisados, com especial destaque para as indústrias de produtos metálicos (-7,4%), calçados e couro (-7,9%), meios de transporte (-4,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,1%).

Desde que chegou ao principal gabinete do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, que recebeu de Lula uma enorme herança maldita, vem tentando estimular a economia, sem sucesso algum. A indústria foi o segmento que mais recebeu a atenção do governo, sem que nenhuma das medidas tivesse produzido algum resultado positivo.

O PT conseguiu arruinar a indústria nacional ao longo de quase uma década, mas agora a presidente Dilma, que busca a reeleição, tenta salvar o setor com a adoção de medidas tão atrasadas quanto inócuas. Mesmo assim, a petista embala a sua campanha com o discurso “quem fez continuará fazendo”. Ora, se nada foi feito até então, não será de agora em diante que mudanças surgirão em cena.

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