Endividamento das famílias mostra a irresponsabilidade de Lula e a aposta errada do governo no consumo

Estouro da bolha – Quando, no final de 2008, Lula ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados, como forma de minimizar os efeitos da crise internacional, que o petista resolveu batizar de “marolinha”, o ucho.info alertou para os diversos perigos decorrentes do apelo presidencial, mas os palacianos não deram muita importância. O objetivo era empurrar os brasileiros ao consumismo, não importando as consequências.

Como o desejo de consumo estava reprimido há anos e o crédito fácil e irresponsável permitiu reverter o quadro, mais da metade do País saiu às compras. Entre os alertas que fizemos, o do endividamento recorde das famílias e o da elevação da inadimplência mereceram destaque, sem contar os relacionados à falta de planejamento, algo corriqueiro no governo do PT.

Na verdade, o que os assessores de Lula fizeram, à época, foi desdenhar os críticos e afirmar que o ucho.info estava de marcação com o governo e torcia contra o Brasil. Fiscalizar o poder é a obrigação de qualquer jornalista sério que se recusa a aderir à teoria da “chapa branca”, engordando a conta bancária com milhões de reais arrancados dos cofres públicos e enganando a sociedade. Torcer contra o Brasil foi mais uma sandice disparada pela assessoria do presidente, pois nosso objetivo maior é que o País prospere verdadeiramente.

O estrago provocado por Lula e seus aduladores começa a aparecer, sem que o ex-metalúrgico se digne a qualquer explicação. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, 60,2% das famílias brasileiras iniciaram 2013 endividadas. De acordo com o órgão, as dívidas estão distribuídas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.

Diante desse cenário, aliado ao fato que dois terços da população brasileira ganha menos dois salário mínimos, é no mínimo suicídio político a aposta do governo da presidente Dilma Rousseff no consumo interno, como tábua de salvação de uma economia em crise e que não reage estímulos oficiais. Imaginar que a redução da tarifa de energia elétrica levará ao crescimento do PIB é a razão maior para Dilma demitir o ainda ministro Guido Mantega, cuja incompetência é alvo corriqueiro de galhofas no mercado financeiro.