Escândalo envolvendo Lula repercute na imprensa internacional e compromete ida para ministério

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Se Dilma Rousseff, a presidente da República, decidir pela irresponsabilidade de fazer de Lula um ministro do seu governo, apenas para blindar o petista contra possibilidade de ser preso, que pense duas vezes ou mais, pois a situação do antecessor é gravíssima e piora com o passar das horas.

Uma das pastas que Lula poderia assumir é a de Relações Exteriores, mas como noticiou o UCHO.INFO tal indicação seria uma sandice da presidente, pois o ex-metalúrgico não reúne condições para representar o Brasil ao redor do planeta. Isso porque em muitos países as acusações contra o petista-mor crescem em progressão geométrica e como rastilho de pólvora. O cenário deve se agravar depois do pedido de prisão feito pelo Ministério Público de São Paulo no caso do apartamento triplex em Guarujá.

Caso insista nesse plano suicida, Dilma estará ajudando Lula a assumir a culpa nos casos em que é investigado, pois como ministro passa a gozar de foro privilegiado, mas ao mesmo tempo a presidente decretará o sepultamento de um governo que passou perto de ser considerado natimorto.

Em Portugal, por exemplo, onde os petistas têm relações estranhas e negócios obscuros, Lula há meses frequenta o noticiário negativo ao lado de Dilma Rousseff, a sua criatura. Fora isso, o ex-presidente é suspeito de relações nada republicanas com José Sócrates de Sousa, ex-primeiro-ministro de Portugal, que passou longos meses atrás das grades por causa da Operação Marquês, que prendeu-o no aeroporto de Lisboa quando desembarcava de Paris.

A denúncia do MP paulista foi manchete nos principais jornais internacionais. O concorrido “The New York Times” ressalta Lula é uma figura destacada que as acusações “sacodem as já tensas estruturas da política brasileira”.

O sisudo jornal “The Guardian” usa a expressão “escândalo bola de neve” para explicar que uma avalanche de dificuldades avança na direção de Dilma Rousseff, que em vários discursos reforçou a independência das investigações e o compromisso do seu governo de combater a corrupção. Agora, destaca o jornal britânico, a presidente assiste ao desmonte do seu partido, o PT, no rastro de seguidas denúncias de corrupção.


O também britânico “Financial Times” enfatiza que as investigações que envolvem Lula “aumentam a pressão sobre Dilma Rousseff”, que tenta escapar do pedido de impeachment e da ação de impugnação de mandato eletivo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o manto de denúncias de corrupção.

O espanhol “El País” afirma que “as suspeitas de corrupção cercavam ultimamente Lula, mas nunca haviam sido firmes como agora”. A matéria do tabloide ressalta que recentes acusações contra Lula aumentaram a tensão no Brasil, “onde a crise política é onipresente há meses”. Na verdade, a crise política não sai do cardápio do cotidiano desde março de 2014, quando foi deflagrada a Operação Lava-Jato. O “El País” também noticia que, à sombra de uma crise econômica grave e preocupante, a popularidade de Dilma permanece em índices muito baixos.

O francês “Le Monde” abre espaço para ressaltar que a condução coercitiva de Lula deixa claro que no Brasil a Justiça está a tratar o ex-presidente como cidadão comum, a exemplo do que prega a Constituição Federal.

Há dias, o “Corriere della Sera” não poupou palavras diante da repercussão da condução coercitiva do ex-metalúrgico. O jornal italiano escreveu: “O escândalo Petrobras chega a Lula: o ex-presidente do Brasil é levado pela polícia”. O Corriere foi além e estampou: “o fim de um mito”.

O “Miami Herald” publicou que promotores paulistas ofereceram denúncia contra Lula por lavagem de dinheiro. O jornal que circula na principal região da Florida destacou que “Lula e sua família foram beneficiados em esquema envolvendo um imóvel, a despeito do prejuízo causado a milhares de famílias.”

O respeitadíssimo “The Washington Post” também abriu espaço para o escândalo envolvendo Lula. O TWP afirma em matéria publicada na sua página eletrônica que “um escândalo de corrupção que envolveu altos escalões do poder divide o Brasil, país envolvido em grave crise econômica e uma situação de emergência na saúde pública por causa do Zika vírus”. O jornal norte-americano foi além: “Agora a crise alcançou Luiz Inácio Lula da Silva, que foi o mais popular presidente em décadas”. No título da matéria, o Washington Post grafa a pergunta dos brasileiros: “quem será o próximo?”.

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