Gleisi ignora a lambança de Dilma na economia do País e critica redução da Selic em 0,25 p.p.

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Confirmando expectativa do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, nesta quarta-feira (19), a taxa básica de juro, a Selic, em 0,25 ponto percentual. Com a decisão, a Selic passa a valer 14% ao ano. É a primeira vez que a taxa é reduzida em quatro anos.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para conter a alta dos preços e controlar a inflação oficial, que neste ano tem como meta 4,5%, com tolerância de 2 pontos para mais ou para menos. Contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para medir a inflação oficial, acumulou 8,48% no período de doze meses encerrado em setembro, após alcançar a marca de 10,71% nos doze meses terminados em janeiro.

Ao justificar a redução da taxa básica de juro, o BC ressaltou que a queda na inflação é compatível com a estabilização da economia brasileira e de sua recuperação gradual depois de longa recessão.

“O Copom avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%”, destacou o BC e comunicado. A decisão da redução foi aprovada por unanimidade pelos membros do comitê, o que significa que o movimento de corte na Selic deve continuar.

A última redução da Selic ocorrera em outubro de 2012. Até abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, o menor nível da história. Porém, passou a ser reajustada de forma seguida, até alcançar 14,25% ao ano em julho do ano passado. Desde então, a taxa manteve-se nesse patamar.

A taxa básica de juro é uma das mais altas do planeta por conta da atabalhoada política econômica adotada pela ex-presidente Dilma Rousseff, que colocou o País no atoleiro da crise, apesar dos muitos alertas feitos ao longo de deus mandatos (o segundo foi interrompido pelo impeachment).


Como esperado, os integrantes da atual oposição aproveitaram para criticar a decisão do Copom, como se a tragédia econômica patrocinada pelo PT nada representasse. Senadora pelo PT do Paraná e inexplicavelmente presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gleisi Helena Hoffmann classificou a redução da Selic como frustrante, tímida e tardia. “A queda de 0,25 ponto percentual na taxa Selic anunciada há pouco pelo Copom, além de tarde, veio tímida”, destacou Gleisi em postagem no Facebook.

Porém, ignorando a lambança de Dilma, a senadora petista não se conteve e foi além. “Acuado pela recessão que só faz recrudescer, o Banco Central continua errando ao não reduzir os juros de forma mais acelerada e contundente. O país necessita de medidas firmes e urgentes para ajudar a aliviar a crise que atinge nossa economia e impõe perda de emprego e renda às pessoas”, escreveu Gleisi.

Conhecida por sua devastadora incompetência, em especial quando o assunto é números da economia, Gleisi insiste em destilar pensamentos absurdos, os quais geram galhofas recorrentes. Aproveitando a oportunidade para criticar o governo, a parlamentar paranaense em tom quase messiânico.

“No momento em que o governo insiste em seu questionável projeto de limitar os gastos públicos pelos próximos 20 anos, convém ressaltar que o corte na taxa Selic é de fundamental importância para estimular a atividade econômica. Tenho convicção de que a melhor forma de fazer o Brasil crescer, neste momento, é ampliar os investimentos públicos e baixar os juros, medidas que contribuirão, de verdade, para incentivar empresários e consumidores. Precisamos de mais ousadia!”

Depois de tamanha bizarrice em termos de economia, sobra ao menos um alento. Sem sucesso, Gleisi Hoffmann um dia sonhou em substituir Dilma no Palácio do Planalto. Para a sorte dos brasileiros, o destino mais uma vez foi sábio. A senadora é ré em ação penal por corrupção e alvo da Operação Custo Brasil, ao lado do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva.

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