De última hora – Em meados de 2006, quando ainda se preparava para a campanha à reeleição, o messiânico Luiz Inácio da Silva disse, sem medo de erra, que a saúde pública brasileira estava a um passo da perfeição. Acontece que o ex-metalúrgico não apenas errou, mas mentiu de forma acintosa. Passados seis anos daquela declaração embusteira que serviu para turbinar a campanha de Lula, a saúde pública continua à beira do precipício.
Não obstante a profecia carregada de mitomania, que ele próprio reconheceu, Lula, tempos depois, sugeriu ao norte-americano Barack Obama que adotasse nos Estados Unidos o modelo do SUS, que na opinião do petista é barato e eficiente.
Com a proximidade da Copa do Mundo, o governo do PT decidiu adotar medidas na área da saúde que são verdadeiros remendos de última hora, que servirão para mostrar aos turistas uma excelência que inexiste no Brasil. O Ministério da Saúde planeja ações para prevenir surtos de doenças nas seis cidades-sede da Copa das Confederações, em 2013, e nas doze capitais que abrigarão os jogos da Copa do Mundo de 2014.
Secretário-executivo adjunto do ministério e coordenador das reuniões sobre ambos os eventos esportivos, Adriano Massuda disse que a Copa das Confederações será um teste. “Estamos nos baseando em experiências anteriores, tanto de Copas do Mundo quanto de Olimpíadas. Cada cidade-sede terá pelo menos um hospital público de referência, mais ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e leitos hospitalares e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, afirmou Massuda.
Em São Paulo, os dois hospitais escolhidos foram a Santa Casa de Misericórdia e o Santa Marcelina. Este último, o prefeito eleito Fernando Haddad anunciou, durante a campanha, que teria a parceria encerrada. No Rio, foram o Albert Schweitzer e o Miguel Couto.
Essas instituições e as das demais cidades-sede da Copa do Mundo – Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Natal, Cuiabá e Manaus – devem passar por reformas, ampliações e aquisição de novos equipamentos, de acordo com o secretário-adjunto do Ministério da Saúde.
Desse rosário oficial é possível concluir que melhorias na saúde pública do País somente na época de grandes eventos, pois o governo precisa manter de pé a mentira que o fanfarrão Lula vendeu no exterior.
O Brasil caminha a passos largos, desde janeiro de 2003, na direção de uma perigosa ditadura civil, que a exemplo do que ocorre na Venezuela será referendada nas urnas, uma vez que a consciência da maioria dos eleitores já está devidamente comprada. Quando os brasileiros perceberam o estrago será tarde demais.