Impeachment: documentário encomendado por Dilma leva tropa de choque a cenas patéticas

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Ultrapassa os limiares do ridículo a participação dos integrantes da tropa de choque de Dilma Rousseff no primeiro dia do julgamento final do processo de impeachment. Responsável por comandar o julgamento, o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), comunicou aos senadores que o rito da sessão seria o do Código de Processo Penal.

Com essa decisão, não cabe aos arguidores a formulação de perguntas capciosas ou tendenciosas, com o objetivo de firmar juízo de valor ou de pressionar o arguido. Em outras palavras, os senadores devem fazer perguntas técnicas e diretas, sem direito a preâmbulos políticos ou rapapés ideológicos.

Diferentemente do que recomendou o presidente do STF, os senadores esquerdistas estão a dar de ombros para a regra, fazendo dos microfones do plenário uma catapulta de discursos desesperados, típicos de quem sabe que a derrota aproxima-se com o passar das horas.

Esse comportamento vexatório e nauseante encontra explicação não apenas na enfadonha tese do golpe, esculpida com o cinzel da malandragem petista, mas na decisão da presidente afastada de transformar o julgamento em documentário. Para tanto, Dilma contratou uma produtora de cinema que está a gravar tudo o que acontece no plenário do Senado, como se as imagens registradas pelo departamento de comunicação da Casa não servisse.


Entre os contrários ao impeachment, os que mais se destacam no set de filmagens são os petistas Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Helena Hoffmann (PR), além da peemedebista Kátia Abreu (TO). Até porque, a desfaçatez nata dispensa o esforço que toda encenação exige.

A ideia é produzir material audiovisual mais elaborado e tendencioso, reforçando a teoria bandoleira do golpe, pois Dilma pretende visitar os delinquentes bolivarianos com a produção cinematográfica debaixo do braço, como se isso fosse um troféu.

Na esteira desse plano, os dilmistas estão fazendo o uso da palavra com requintes teatrais, já que pretendem não apenas entrar para a história pela porta do fundo, mas conseguir posição de destaque na esquerda continental. Para tanto, protagonizam performances bizarras, sugerindo que estão a seguir um roteiro previamente distribuído pelos produtores da bizarrice cinematográfica.

Com esse expediente chicaneiro, típico de quem não se preocupa com a agonia dos brasileiros, o julgamento do impeachment está sendo corroído pelo tempo, o que significa que o resultado final será anunciado além da data prevista. Isso posto, a enfadonha sessão do Senado corre o sério risco de terminar somente na madrugada da próxima quarta-feira (31).

Resta saber com que nome Dilma Rousseff batizará o documentário que está sendo gravado no plenário do Senado: “O Golpe” ou “Tchau, querida”?

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