Membro de um partido que saqueou o País, Gleisi acusa o interino Temer de pôr em risco o Mercosul

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A catapulta de asneiras da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) parece incansável. Depois de ter participado, como chefe da Casa Civil, de um governo que arruinou a economia e saqueou as estatais como uma nuvem de gafanhotos, a senadora petista resolveu atacar o governo Temer por, supostamente, estar “colocando” em risco a integração do Brasil com o Mercosul.

O Mercosul – com parte dos países-membros baseada na ideologia bolivariana, seu isolamento do restante do planeta que dá certo e sua opção pelos falidos e mal pagos – é um tenebroso “encosto” para o Brasil. Justamente por isso é amado pelo PT, que transformou a participação do Brasil no Mercosul e seus “parlamentos” em uma cornucópia de boquinhas para companheiros e fonte inesgotável para as mordomias mais absurdas.

A senadora, que é acusada de corrupção por seis delatores da Operação Lava-Jato, foi indiciada por corrupção passiva e viu o marido preso por envolvimento em um esquema criminoso que lesou os servidores aposentados em R$ 100 milhões. Esses “pequenos detalhes” não a inibem de pontificar assuntos de Estado, com uma desfaçatez que só mesmo os petistas conseguem alcançar.

Gleisi, na tribuna do Senado, disse que o governo interino de Michel Temer “põe em risco a integração do Mercosul, com a “implantação de um programa neoliberal que jamais seria aprovado em eleições livres”. Para a senadora paranaense, o objetivo é o de “revogar direitos trabalhistas, em prejuízo das camadas mais pobres da população, que dependem da oferta de serviços públicos gratuitos”.


Sem medo de ser feliz, Gleisi Hoffmann afirmou que o Mercosul sempre esteve ameaçado por forças políticas conservadoras. Segundo ela, as primeiras tentativas de integração remontam à época da independência da maioria dos países-membros, mas a efetiva implantação do bloco — que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela e Bolívia — só foi possível graças à reafirmação da democracia no continente, na década de 1980.

Ao falar em democracia, Gleisi esquece, convenientemente, a Venezuela, país que transformou-se em ditadura comunista, que por sua cooptou a Corte Suprema. Persegue, prende, tortura e mata a oposição, como se isso fosse refluxos da democracia.

“Pela primeira vez, nossos países passaram a se enxergar como aliados, como sócios. Nossas nações passaram a se ver como parceiras de um destino comum: a integração, que nos levaria à prosperidade conjunta e à inserção soberana no cenário mundial”, prossegue a senadora, que prefere ignorar o fato de que os países do Mercosul, especialmente os que seguiram o figurino bolivariano, mergulharam em crises econômicas terminais.

Gleisi Hoffmann lamentou declarações do ministro das Relações Exteriores do governo interino, José Serra, no sentido da revisão da Tarifa Comum do Mercosul, o que, segundo ela, transformaria o atual mercado comum numa “mera área de livre comércio”.

A senadora também criticou a tentativa do governo de evitar que a Venezuela assuma a presidência do Parlamento do Mercosul (Parlasul) no próximo dia 31 de julho. As iniciativas do Brasil para evitar que a Venezuela, com seu tirano-bufão, Nicolás Maduro, são alvo de aplausos de todo cidadão de bom senso. Entregar o comando do Parlasul nas mãos de um regime obviamente autoritário seria a desmoralização final do bloco.

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