Ministro de Dilma diz que detenção de Vaccari constrange o governo irresponsável e corrupto do PT

pepe_vargas_01Cortina de fumaça – “Não cria constrangimento para o governo”. Assim o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirmou ao ser questionado sobre a Operação My Way, nona etapa da Operação Lava-Jato, que desde março de 2014 está em funcionamento e vem desmontando, passo a passo, o esquema de corrupção que funcionava na Petrobras com a autorização explícita do Palácio do Planalto.

Vargas pode dizer qualquer coisa, até porque a Constituição Federal de 1988 é clara ao garantir que “é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato”, mas não se pode acreditar em uma declaração que é o contraponto da realidade que reina na sede do governo federal, Os petistas palacianos estão extremamente preocupados com os desdobramentos da Lava-Jato, que já subiu a rampa do Palácio do Planalto e se aproximou perigosamente da presidente Dilma Rousseff e do seu antecessor, o agora lobista Lula.

No momento em que o tesoureiro do PT é detido para, sob condução coercitiva, prestar depoimento na Polícia Federal, os integrantes do governo deveriam no mínimo dar fim à desfaçatez, pois já são evidentes em todos os cantos do País as consequências da grave crise institucional que cerca a Esplanada dos Ministérios. A decisão da assessoria palaciana de minimizar o fato de a Lava-Jato ter alcançado o núcleo do PT é um sinal claro de que Dilma Rousseff e seus seguidores mais próximos estão preocupados.

A situação torna-se ainda pior porque Vaccari Neto se recusou a abrir o portão de sua casa para os policiais federais, que foram obrigados a pular o muro do imóvel em que reside o petista. Esse tipo de atitude é típico de quem tem algo a esconder ou, então, continua a apostar na impunidade. Reflexo da enxurrada de desmandos e atos criminosos que varreu o País na última década, provocando na sociedade na falsa sensação de que no Brasil tudo é permitido.

É importante lembrar que o PT, durante a campanha presidencial de 2002, se agarrou ao discurso matreiro da transparência e do combate à corrupção, mas com a chegada de Lula ao poder central as promessas eleitorais foram jogadas no lixo, assim como as ideologias de um esquerdismo bandido e supostamente salvador.

O PT provou ao longo dos últimos doze anos que jamais teve a intenção de combater a corrupção, algo que ficou claro no momento em que escolheu João Vaccari Neto para postos importantes dentro da legenda e na cúpula de algumas campanhas eleitorais do partido. Vaccari foi presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo, que deixou três mil mutuários a ver navios, apenas porque o dinheiro pago foi desviado para o caixa da campanha de Lula, em 2002.

João Vaccari Neto, depois dessa escandalosa lambança, que é alvo da Justiça paulista, conseguiu a experiência suficiente para assumir missões mais perigosas dentro da organização criminosa em que se transformou o Partido dos Trabalhadores, de acordo com declaração do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pensamento que tem o apoio de mais da metade da população brasileira. Tanto é assim, que Vaccari foi guindado à condição de conselheiro da usina binacional de Itaipu, tendo se desligado da hidrelétrica recentemente e debaixo de acusações graves decorrentes da Lava-Jato.

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