Vale tudo – Que os brasileiros não pensem que o Partido dos Trabalhadores recuou em seu projeto que busca criar uma situação de conflito entre os Poderes Legislativo e Judiciário. Essa estratégia vem sendo estudada há anos e alcançou os capítulos derradeiros com a condenação dos petistas envolvidos no escândalo do Mensalão.
Esse objetivo ficou evidente no discurso visguento e embusteiro do deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara, que no plenário da Casa disse que é preciso coibir a ingerência do Supremo nos trabalhos do Congresso Nacional. Maia, que tornou-se um “pau mandado” do Palácio do Planalto e por isso apoia a PEC 33 , precisa ser informado que o Supremo só entra em cena quando provocado. Ou seja, é preciso que alguém acione o STF para se pronunciar sobre eventual inconstitucionalidade de alguma matéria legislativa.
Muito se fala a respeito da judicialização do Legislativo, mas isso só ocorre, de forma diferente, porque os parlamentares usam a própria incompetência como desculpa para atender aos interesses do governo federal. No caso de uma matéria inconstitucional, o único caminho é buscar guarida no guardião da Carta Magna, o Supremo.
Marco Maia usou como exemplo a recente decisão da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha no caso dos royalties do petróleo, mas é preciso compreender que a matéria foi conduzida foram dos parâmetros da constitucionalidade e para cumprir as ordens escusas do Planalto.
O que não se pode aceitar é que a Constituição seja escandalosamente atropelada apenas porque o PT tem um projeto obscuro e perigoso de poder, que segundo a cúpula da legenda precisa ser implantado o quanto antes e a qualquer preço. Com o fracasso cada vez maior da economia, Dilma Rousseff, pressionada pelo comando da legenda, passou a adotar medidas que ferem a democracia e escancara a essência totalitarista dos palacianos.
A população deve estar atenta a qualquer movimentação do PT na esfera federal, tanto no Executivo quanto no Legislativo, pois a legenda quer fazer o que não conseguiu por ocasião do golpe de 1964. E todo cuidado será pouco de agora em diante, pois o projeto do PT corre riscos à medida que a crise econômica se distancia da solução.